Ao passar do Estado para uma «entidade pública empresarial» a propriedade de 332 das 445 escolas secundárias do continente, o governo «socialista» em funções facilita a futura alienação (privatização) dos edifícios das escolas públicas.
Assim se alivia, para já, a despesa do Estado, e se facilita também a adjudicação de projectos sem concurso. Dois em um: desorçamenta-se, e põe-se a construção civil, essa grande indústria portuguesa, a mexer.
Possivelmente, o actual governo não irá mais longe, mas num futuro governo PSD-CDS este importante património, em boa parte localizado no centro das cidades, poderá ser vendido. Como se diz no Ponte Europa, «no ano em que se comemora o I Centenário da República Portuguesa, corremos o risco de abrirmos caminho para o derrube de uma das emblemáticas bandeiras republicanas: A Escola Pública».
É o «socialismo» que temos.
2 comentários :
E pur si muove , mais uma etiqueta "neoliberalismo" referindo-se às medidas do governo apoiado por (metade dos) autores deste blogue :o)
Quando foi altura de eleições, quem lia aqui o Esquerda Republicana, para decidir em quem votar, ficava com uma ideia das consequências de votar Sócrates diversa das agora expostas.
João Branco,
pode-se apoiar o partido X e depois criticar o partido X quando este está no poder.
No meu caso, estou à vontade porque não apelei ao voto no PS (nem noutra força política). Quanto aos outros autores: terão a opinião deles, porque sendo este blogue colectivo, os autores são individualistas.
Enviar um comentário