- «Trinta e seis anos depois do 25 de Abril, põe-se em causa um candidato à presidência da República porque ele foi um resistente activo, não só mas também contra a guerra colonial, num exílio em Argel (que, garanto-vos eu, esteve longe de ser de luxo quando não foi mesmo de perigo), naquele que foi um instrumento da oposição portuguesa, absolutamente único: a Rádio Voz da Liberdade. Quantas notícias sobre o que se passava nas várias frentes de guerra não nos chegavam apenas através desse som que tentávamos, tantas vezes em vão, captar pela calada da noite, em rádios sempre mais ou menos roufenhos? Vem agora pôr-se em causa o «direito» à denúncia do que se passava em África? O «direito» à luta contra a ditadura?» (Joana Lopes)
- «Passos Coelho, se quer uma revisão constitucional que seja de fazer e não apenas de falar, tem bom remédio. Primeiro trate de ir a votos. Trate de fazer campanha com as suas propostas constitucionais, para saber se as pessoas as apoiam. Depois trate de ser eleito. E depois, com a maioria que tiver, faça a revisão constitucional que discutiu com o eleitorado e que a maioria parlamentar permitir. Esta proposta de revisão, porém, foi apenas para se falar. E, nesse campo, até resultou. Ela serve propósitos essencialmente táticos. O seu objetivo é marcar agenda e atrair os rivais para um debate sobre o conteúdo ideológico de algumas propostas — e fazer com que elas ganhem a legitimidade que até agora nunca tiveram.» (Rui Tavares)
sábado, 31 de julho de 2010
Revista de blogues (31/7/2010)
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
Sem comentários :
Enviar um comentário