quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um bom exemplo

O município de Lisboa vai impor alguma racionalidade à sua divisão em freguesias, actualmente fragmentada em 53 (que vão das dezenas de habitantes às dezenas de milhares de habitantes), reduzindo o número de freguesias para 24. É um excelente exemplo, que deveria ser seguido por outras autarquias. (Mas nem todas têm um presidente chamado António Costa).

7 comentários :

tempus fugit à pressa disse...

Pois, mas o dito cujo só o fez após quantos anos?

Quando vai esta medida surtir efeito?

Há municípios no deserto por exemplo
Setúbal um concelho de 170,57 km² de área e 125 000 habitantes, eSTÁ subdividida em 8 freguesias.

Lisboa, COM 83kmkm²e uma população de 565 000 habitantes tem 53
e vai passar a 24
pois...

Manel do Outeiro disse...

Noticia claramente descabida, porque não são os municípios que criam ou extinguem freguesias. É a ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA que o pode fazer, o que faz todo o sentido, pois município e freguesia são dois tipos de autarquias, independentes umas das outras, não estando umas dependentes hierarquicamente das outras como o autor do texto julga acontecer.
E a facilidade de acesso do cidadão ao poder, e a qualidade dos serviços prestados não aumenta, antes pelo contrário, com a diminuição de freguesias.

Ricardo Alves disse...

Manel do Outeiro, como é evidente, está previsto que o assunto passe pela AR:

«A proposta será apreciada na próxima semana na câmara e segue para a assembleia municipal (onde o voto do PS e PSD garante a aprovação), sendo depois submetida a discussão pública, nova votação nos órgãos autárquicos e, finalmente, à apreciação da Assembleia da República.»

http://diario.iol.pt/sociedade/ultimas-tvi24-lisboa-freguesias/1227443-4071.html

Luís Lavoura disse...

Por que é que esta medida deveria ser copiada noutros municípios? E quais os outros municípios, explicitamente, em que ela deveria ser copiada?

Luís Lavoura disse...

Eu do que li da notícia no jornal, vejo um grande erro: o facto de as freguesias atualmente existentes nunca terem sido "partidas ao meio" (exceto no caso da dos Olivais).

É que eu moro numa freguesia de Lisboa que está partida ao meio pela Avenida da Liberdade e pela Rotunda, e para mim os limites dessa freguesia não fazem qualquer espécie de sentido. Para mim é óbvio que de um lado da Avenida da Liberdade há um monte, do lado oposto há outro monte, e os dois montes têm que estar em freguesias diferentes. Não podem estar na mesma, como atualmente.

Filipe Moura disse...

Luís, exemplos explícitos: Barcelos (89 freguesias), Braga.

Ricardo Alves disse...

Eu ia justamente dar o exemplo de Barcelos (89 freguesias com 105 mil eleitores, ou seja, quase o dobro das freguesias actuais de Lisboa com um quinto da população). Braga, com 62 freguesias e 150 mil eleitores, é outro exemplo. Ou Guimarães (69 freguesias). Veja-se que Cascais, com uma população comparável a Braga ou Guimarães, tem seis (6) freguesias.