Sabemos que entrámos em pleno na estação parva («silly season» para os mais anglófilos), quando um líder partidário que nem sequer foi a votos consegue encher os jornais com notícias confusas, contraditórias e sensacionalistas sobre uma revisão constitucional que não está ainda no domínio público, e que não será nunca aprovada apenas com os «seus» 81 deputados.
Deixai o sr. Passos Coelho a falar sozinho. Quanto mais grita, mais se revela. Cada vez se percebe melhor por onde ele iria, se pudesse, do Estado social ao equilíbrio de poderes, da «flexibilidade» laboral ao sabão que quer passar sobre os crimes da PIDE.
A Constituição não é uma composição de adolescente, para ser riscada e corrigida a cada duas legislaturas. Em rigor, nem há necessidade gritante de mexer uma vírgula. Ou há? E porquê? Por causa de uma azia com 36 anos?
7 comentários :
anglófilo não será traduzir à letra as expressões?
sugiro "temporada da treta".
Parece-me uma expressão adequada, meu.
Meu, não: "mene"! "Meu" usava-se nos anos 70. És mesmo eleitor do Manuel Alegre, Ricardo...
Eu sou um velhadas, Filipe. Ainda sou do tempo de dizer «baril», «buéréré» e outras expressões que hoje soam a arcaísmos.
"méne" é tão século vinte, bacanos.
Dorean, os meus amigos que dizem "méne" são mais novos que os que dizem "bacanos". (Eu digo "bacanos".)
Ricardo, o seres um velhadas nota-se pelos blógueres que mais gostas de ler, todos com idade para serem teus pais, e para os quais eu não tenho a menor paciência. Mas esta é uma conversa que é melhor termos na reunião do Esquerda Republicana, para a qual o Dorean também está convidado.
Filipe,
parece então que houve um revivalismo do méne, julgava eu já desaparecido nas brumas.
quanto ao convite, com todo o gosto, assim que me venha a encontrar em território nacional. desde que ninguém me meça o crânio e se possa dizer mal do afonso costa sem ir para a cadeia.
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