Persistir em afirmar que os 10%-20% de cidadãos que votam à esquerda do PS são «imbecis», ou teimar que o PS apenas «se finge de esquerda», são atitudes com diferentes origens e razões que se coligam para reforçar o mesmo grande bloqueio de sempre: o que impede que os governos do PS sejam abertos à sua esquerda, que fiquem sujeitos a maiorias precárias, e que em autárquicas e presidenciais se permita que maiorias numéricas «de esquerda» não se traduzam em mandatos e efectiva governação.
Há na realidade duas saídas para o bloqueio que os últimos seis anos ilustraram: ou o BE se transforma num partido suficientemente flexível para assumir responsabilidades governamentais; ou o PS se dispõe a ocupar o espaço à sua esquerda. No debate em curso no BE e na luta pela liderança do PS saberemos se alguém está interessado em desbloquear a esquerda.
3 comentários :
precisamente!
Eu acho que não é "ou/ou", mas o que tem de ser é "e/e"!!!
«e/e» seria excelente. Um dos «ou»´s já seria alguma coisa.
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