sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Obama cumpre(2)

E ao terceiro dia de mandato, Obama toma uma medida que desagrada à direita religiosa: levantou as restrições ao financiamento governamental de organizações que façam IVG´s.

14 comentários :

Anónimo disse...

que bela notícia...
esta é capaz de ser a maneira mais estúpida de gastar dinheiro dos contribuintes.

Ricardo Ferreira disse...

E o comentário do Ze gato deve ser o mais estúpido que até agora.

Anónimo disse...

"E o comentário do Ze gato deve ser o mais estúpido que até agora."

o meu comentário é o mais estúpido que até agora o quê? não acabou a frase. ou então não sabe português. de qualquer forma certifique-se que escreve decentemente antes de insultar.

mesmo assim, pode-me dizer qual é o sentido de o estado financiar abortos?

Zeca Portuga disse...

Zé Gato:

O que é triste (eu diria mesmo indecente), que o Obama já tomou outras medidas e nem foram aqui faladas. esta que é, sem dúvida, uma estupidez, merece os aplausos desta frota...

Lá, como cá, matar inocentes com o o dinheiro dos contribuintes, é uma palermice e uma grave falta de respeito pelo esforço financeiro de quem cumpre as suas obrigações fiscais.

Ricardo Ferreira disse...

Primeiro... não fui que comecei a utilizar a palavra "estúpido".

Segundo, pode dizer o que lhe apetecer sobre o meu Português escrito, só mostra que poucos argumentos tem.

Terceiro... financia primeiramente clínicas de planeamento familiar, que é o que estras clínicas fazem. Quando tudo falha, recorrem à IVG.

Mas pelo que vejo, também não concorda com a contracepção. Mas benvindo ao Sec. XXI.

Anónimo disse...

"Primeiro... não fui que comecei a utilizar a palavra "estúpido"."

se reparar no contexto em que a utilizei e no contexto em que o ricardo a utilizou vê que há uma diferença. ou então não vê e, nesse caso, boa sorte para a sua vida social.

"Segundo, pode dizer o que lhe apetecer sobre o meu Português escrito, só mostra que poucos argumentos tem."

nem sou do tipo de pessoa de dizer coisas sobre o português dos outros, mas quando usa esse português para o insulto, dá-me um certo gozo. reparo ainda que escreveu "benvindo", o que demonstra bem a sua enorme fluência na nossa amada língua.

"Terceiro... financia primeiramente clínicas de planeamento familiar, que é o que estras clínicas fazem. Quando tudo falha, recorrem à IVG."

o que se discute aqui não é o financiamento ao planeamento familiar, que existe há bastante tempo, sem levantar polémica por aí adiante. discute-se aqui o financiamento a clínicas de aborto - o ricardo leu, sequer, a notícia? em portugal foram 16 mil, parece. cada um pode chegar aos mil euros. fazendo as contas ainda dá uns trocos. resumindo, pagamos milhões a clínicas para acabar com gravidezes (uso um eufemismo para não ofender as susceptíveis consciências dos "pró-escolha"). como pode isto não ser um péssimo investimento, tanto a nível financeiro como moral? Constata-se ainda a sua comovedora ingenuidade em relação às supra-citadas clínicas, que não fazem do aborto um negócio - o dinheiro que fazem vem das consultas de prevenção, não é, ricardo?

"Mas pelo que vejo, também não concorda com a contracepção. Mas benvindo ao Sec. XXI."

de onde o ricardo tirou tal conclusão, não percebi. só se o ricardo achar que aborto é contracepção - aí sim, sou contra a mesma. mas o meu conceito (e desconfio que o conceito que qualquer pessoa saudável tem de contracepção) é ligeiramente diferente do seu.
de facto, se nem sequer falamos a mesma língua, é difícil discutir.

Ricardo Ferreira disse...

Sabe muito bem que as notícias colocam maior relevo nos assuntos mais polémicos. O facto é que essa clínicas são clínicas principalmente de planeamento familiar, onde se juntam meia dúzia de fanáticos à porta a protestar contra o que se passa lá dentro: planeamento familiar e em ultimo caso IVG. O finaciamento às clínicas de planeamento familiar foi interrompido pelos atrasados mentais do Bush e companhia.

Se não percebe isto, possivelmente e em bom português deve sofrer de PHDA.

Felicidades para a sua vida religiosa. A minha vida social é bastante agradável, nºao se preocupe com isso.

Anónimo disse...

"Sabe muito bem que as notícias colocam maior relevo nos assuntos mais polémicos"

com ou sem ênfase, a notícia é explícita: governo dos EUA levanta restrições ao financiamento de abortos.

"O facto é que essa clínicas são clínicas principalmente de planeamento familiar, onde se juntam meia dúzia de fanáticos à porta a protestar contra o que se passa lá dentro: planeamento familiar e em ultimo caso IVG"

claro que são clínicas de planeamento familiar! mal passou a nova lei do aborto, veja lá o aumento de clínicas de "planeamento familiar" no nosso país, incluindo entradas de clínicas estrangeiras. a partir da entrada em vigor da legislação, o "planeamento familiar" virou uma mina de ouro. deve ser coincidência.

"Se não percebe isto, possivelmente e em bom português deve sofrer de PHDA. "

não percebi. devo sofrer de PHDA (que nem sei o que seja). ou então o número de abortos (repito, 16 mil) e os milhões que isso nos custa (entre 500 e 1000 euros cada) desfazem toda a sua argumentação.

"Felicidades para a sua vida religiosa."

este ricardo deve ser vidente. da minha posição contra o aborto você, qual nostradamus, afirma que: a)eu sou contra os métodos contraceptivos e b) eu sou religioso. louve-se essa sua capacidade.

já que é tão bom nas artes de adivinhar, poderia dizer-me quantos mais desempregados vai o governo do seu partido criar ou quanto dinheiro a mais no bolso terão sócrates e seus amigos findo o mandato. para um homem com o seu talento não deverá ser difícil.

Ricardo Ferreira disse...

O meu partido??? Não sou dono de nenhum partido.

16 mil abortos??? Onde foi buscar esse dado? Com dados deitados assim, a minh argumentação não fica desfeita. Alias a sua argumentação foi desfeita após o referendo.
Mesmo que tenham sido, esquece-se que a despenalização da IVG foi aprovada em referendo...


Por muito que lhe custe, continuam a ser clínicas de planeamento familiar. Estou a falar do caso dos EUA. Não misture coisas.

Anónimo disse...

"16 mil abortos??? Onde foi buscar esse dado?"

noticia do dn: "Direcção-Geral da Saúde diz que, no ano passado, foram feitas 15 960 interrupções voluntárias da gravidez" - http://dn.sapo.pt/2009/01/13/sociedade/peticao_contra_16_abortos_feitos_200.html

"Alias a sua argumentação foi desfeita após o referendo."

o referendo liberalizou o aborto. não perguntou aos portugueses se querem fazer parte dessa prática, contribuindo com impostos para os realizar. e essa é a minha argumentação: é ridículo eu financiar uma prática que acho desumana.

"Por muito que lhe custe, continuam a ser clínicas de planeamento familiar. Estou a falar do caso dos EUA. Não misture coisas."

desculpe, mas para usar eufemismos já basta o "IVG". a notícia mais clara não podia ser: "O Presidente norte-americano Barack Obama irá hoje (...) levantar as restrições ao financiamento governamental de organizações que forneçam serviços de aborto...". não são clínicas de planeamento familiar, são "organizações que forneçam serviços de aborto". podem até oferecer planeamento familiar, mas o "core-business" é o aborto.

não misturei as coisas: só usei o nosso exemplo por ser o que estava mais "à mão".

concluindo: numa questão tão fracturante como esta, o estado deve-se abster: porque de um lado estão indivíduos que acreditam qque o feto é vida humana; e de outro estão indivíduos que não acreditam que o feto o seja. para os primeiros (que é onde eu me insiro) é repugnante ter de assistir e pagar abortos. daí esta ser uma medida aberrante para mim.

Ricardo Alves disse...

«é ridículo eu financiar uma prática que acho desumana»

Com esse argumento, os pacifistas não deveriam financiar as forças armadas.

«um lado estão indivíduos que acreditam qque o feto é vida humana; e de outro estão indivíduos que não acreditam que o feto o seja»

Eu acho que o feto é vida. E fiz campanha pela despenalização.

Anónimo disse...

"Com esse argumento, os pacifistas não deveriam financiar as forças armadas."

forças armadas são indispensáveis para a defesa nacional, para além da sua função de patrulhamento das fronteiras - marítimas e terrestres - em busca de tráfico de drogas, armas e seres humanos. e, claro, ter forças armadas não significa estar em guerra - aliás, muitas vezes são enviadas para manter a paz em conflitos bélicos.

"Eu acho que o feto é vida. E fiz campanha pela despenalização."

e não encontra nada de errado nisso?

Ricardo Alves disse...

«forças armadas são indispensáveis para a defesa nacional»

Um pacifista (que eu não sou), poderia argumentar que não há guerras à vista. E as missões no Afeganistão ou no Iraque não são propriamente em defesa do território nacional.

«para além da sua função de patrulhamento das fronteiras»

Função totalmente entregue à polícia, hoje em dia.

«"Eu acho que o feto é vida. E fiz campanha pela despenalização."

e não encontra nada de errado nisso?»

Em fazer campanha ou em defender a despenalização?

De qualquer modo, a minha posição sobre essa questão pode ser lida aqui:

http://esquerda-republicana.blogspot.com/2007/01/declarao-de-voto.html

Anónimo disse...

"Em fazer campanha ou em defender a despenalização?"

li o seu texto. o que me fez confusão foi a frase: "a maternidade é um direito mas não um dever". acho que esta frase resume totalmente o estado de facilitismo, comodismo e consumismo da sociedade capitalista selvagem, tantas vezes criticada pela esquerda.

no entanto foi essa esquerda que tanto apelou ao sim, o que me parece totalmente contraditório, ou talvez não...
é que a esquerda defende a sexualidade livre, mas dos perigos desta sexualidade completamente desregulada, só alerta para as DST's. o sexo, ao contrário do que a esquerda defende, não é só uma coisa boa, também traz algumas responsabilidades. tanto apregoam a sexualidade livre que se esquecem do essencial: a séria possibilidade de o sexo dar origem a gravidezes, e que, uma vez que o feto é vida, a partir daí não há nada a fazer a não ser acarretar as consequências que daí resultam.

enoja-me a hipocrisia dessa esquerda, que supostamente quer proteger os fracos, mas que deixa os mais indefesos ao critério das mães, que possuem poder total sobre os seus filhos. porque é isso que o feto é: filho da sua mãe (passe a expressão), não propriedade da sua mãe - ao contrário do que gritavam as anas dragos às portas dos tribunais.

a maternidade é um dever, pois só se sujeita à maternidade quem quer (nomeadamente através do sexo) - e casos de violação estavam previstos na lei. o sexo traz responsabilidades. era bom que não trouxesse, mas traz. por isso é ridículo tratar o sexo como uma coisa banal, e desumano tratar o fruto do sexo como um mero conjunto de células. e se se acredita que o feto é vida, acho inacreditável aceitar o aborto livre.