terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Teoria e prática

Vai-se compreendendo cada vez melhor o que quer o PS para a próxima legislatura:
  1. São contra os «paraísos fiscais» na teoria mas não na prática;
  2. São pela progressividade dos impostos e pela eliminação de certas pensões(!).

8 comentários :

Anónimo disse...

já começou a propaganda bloquista?

Ricardo Alves disse...

A socialista já começou de certeza...

Anónimo disse...

Ah!como é bom ser social-democrata e estar bem na vidinha enquanto milhões desesperam...socialismo?qual socialismo?

João Vasco disse...

"Não sou arauto de princípios morais ou éticos", diz o ministro.

"Nota-se", digo eu


Boa forma de ser contra os Off-shores: "um dia, quando toda a Europa quiser acabar com eles, nós teremos a coragem de agir em conformidade!" Isto é que é convicção!

Anónimo disse...

João Vasco,

Concordo plenamente com o que está a ser feito, eu faria o mesmo. O contrário seria absurdo, porque não contribuía para resolver o problema, e era péssimo para a nossa economia. É exactamente a mesma questão que a legalização das drogas, pelo menos das leves. Liberalizar unilateralmente transformaria Portugal num ponto de tráfico de droga e de encontro de tudo quanto era máfia.
Só defende outra coisa quem é muito limitado, ou quem está a fazer a campanha do bloco...

João Vasco disse...

«Só defende outra coisa quem é muito limitado, ou quem está a fazer a campanha do bloco...»

Que bela forma de debater...



«Concordo plenamente com o que está a ser feito, eu faria o mesmo.»
O problema não é "fazer isso". O problema é fazer isso como parte de um anunciado valor contra os off-shores.
Isso, à partida, é o que qualquer governo faria - se a UE toda quisesse acabar com os off-shores duvido que fosse o governo português a fincar o pé em nome da Madeira.
Agora, fazer aquilo que qualquer governo faria e anunciá-lo em nome de uma luta contra os paraísos fiscais, isso sim é um golpe propagandístico de se lhe tirar o chapeu.

E dizer que qualquer pessoa que aponte o dedo a isto é do bloco também é outra que tal.. Mas quanto a isso não há grandes problemas que eu esclareço já: não sou do bloco, e enquanto eleitor votei mais vezes PS do que bloco nas diferentes eleições. Agora, lá que é possível que esse panorama mude, lá isso é...

Anónimo disse...

1. O tipo de propaganda deste post panfletário é característico do bloco.
2. Tem-se criado uma tendência nos Governos europeus no sentido de fazer alguma coisa em relação às off-shores, se o Governo português concorda e se junta a ela eu só penso que isso é excelente. E que é igualmente excelente que não mude nada unilateralmente, pelas razões supra indicadas.

João Vasco disse...

Anónimo:

O ponto um da sua mensagem é uma crítica vazia característica de quem quer discordar mas não tem argumentos.

Quanto ao ponto 2, a posição do governo no contexto europeu a esse nível não se alterou por causa da recente retórica anti-offshores.

Aliás, já há muito tempo que existe esse impasse na Europa, meia dúzia de estados não abdicam dos seus paraísos, e os outros todos justificam-se com esses para os manter. "Nós até seríamos contra as offshores, mas só se os outros todos fossem". Portugal já pertencia a este grupo de países há uns bons anos - até mesmo durante o governo de Durão a tónica no plano internacional era essa: se existisse um movimento generalizado para acabar com os off-shores Portugal alinharia porque de princípio era contra eles.

Se um governante se afirma contra os off-shores então de forma tão decidida - tentando distinguir-se do que foi feito no passado pela sua aversão aos paraísos fiscais - seria de esperar que fosse consequente com ela. Se todos aqueles países que dizem "se aos menos os outros acabassem nós também acabávamos" o fizessem, a pressão sobre os restantes seria maior - aliás, não seria vazia.

Mas tudo bem, é aceitável que um governante não considere que protege os interesses nacionais com tal voluntarismo (se bem que eu, como eleitor, acredito que um governante não deve colocar os interesses nacionais acima daquilo que é justo e correcto de um ponto de vista universal), só não faz sentido é que apregoe então aos sete ventos uma luta contra os paraísos fiscais - são palavras ocas.