sábado, 28 de maio de 2011

Jornalismos I

A notícia estalou ontem pela mão da SIC, os documentos finais assinado a 17 de Maio pelo Governo no EcoFin não correspondem com os documentos assinados a 3 de Maio pelo Governo, o PSD e o PP.
Mas há aqui duas versões da história. Na primeira, teria havido uma alteração de 3 para 17 de Maio, e isto seria grave por muito que o Governo insista que as alterações sejam pequenas. A segunda versão diz que no início de Maio havia já dois acordos (um com as instâncias europeias, outro com o FMI), ambos assinados por PSD e PP, e que mais tarde foi necessário agregar os dois numa versão final. Embora estranho aqui a culpa estaria do lado do troika.
Vi as peças nas 3 televisões generalistas, consultei vários jornais online, nenhum me soube responder a esta simples dúvida. Aliás, a grande maioria das peças mistura as duas versões da história sem dar por isso. É o caso das televisões.
Não custaria nada pedir os acordos às partes envolvidas e compará-los. Mas ninguém o fez. Já existe uma história bombástica para contar, mesmo que incoerente, e é isso que conta.
Quando o quarto poder não funciona, é a própria democracia que fica em causa.

4 comentários :

António Matos disse...

Concordo consigo. Para que possamos tomar posição numa história destas, era importantíssimo que os media nos disponibilizassem os dados, e não que nos gritassem meia dúzia de frases bombásticas.

Anónimo disse...

António Matos disse...Amén

Con cor do con sigo....

con's há muitos por aí

em Janeiro de 2012 haverá com sorte uns 98 ou 99% de dívida

ou deixamos de consumir e a nossa economia baseada no consumo
deprime-se

ou deixamos de pagar
e deixamos de consumir a crédito

pagamos a pronto
resta saber com quê

the revolution of not-yet disse...

Quando a democracia é miragem

Estou sentado num velho muro, construído de luz e pedras brutas.

Pedras que são gente além de serem brutas

Pedras aquecidas pelo sol de Sócrates

Que Sócrates nos dê nosso Pão e nos dê seu calor.

Tenho diante de mim um esboço sobre a cidade nova que se erguerá já antiga, um plano estabelecido pela mesma gente de pedra de cor rosa clara ou alaranjada, a relva é alta e há papoilas e regiões floridas.

Resumindo um país em ruínas de chegar ao penhasco e saltar para o mar.

Sim, acho que o país está debaixo d'água também, feriados são ócios que o agricultor não tem e o emigrante desdenha seja chinoca ou luso


No precipício entre os dois pólos do passado e do futuro mais ou menos mal passado enorme e pendurada, a campainha eleitoral silenciou

Para a Posteridade e mais Além disse...

eu explico

ou bota no diktat ou bota na tragédia grega

na do vale do ave

e nas camionetes qui saem daqui para a campanha do tomate e do melão no vale do ebro

cê não bota porque por enquanto nã precisa

muito gostava eu de vos ver dobrar as costas

ficar sentado no sofá a ver TV cria barriga