- «Na terceira manifestação, há pacifistas, anticapitalistas, anarquistas, libertários, idealistas sem ideário. Entre eles, estão elementos cujo objectivo era de facto provocar a violência. Não muitos, que os grupos europeus partidários da estratégia do "black bloc" ficaram em casa (principalmente na Alemanha), por falta de dinheiro para a viagem. E os portugueses são poucos e desorganizados.
O plano era espalharem-se na multidão e começarem a provocar os polícias, na esperança de que estes ripostassem indiscriminadamente contra a manifestação. Um cenário de a polícia a carregar sobre os velhos militantes do PCP era provavelmente o sonho mais selvagem dos elementos anarquistas. O Corpo de Intervenção da PSP decidiu não correr riscos. Cercou num cordão feito de corpos maciços, escudos, capacetes e cassetetes o grupo da terceira manifestação e desceu assim com eles a avenida.» (Paulo Moura no Público)
Num artigo de jornal apresentado como «reportagem», o «jornalista» Paulo Moura diz-nos que indivíduos (que não identifica) tinham por objectivo «provocar a violência». Não nos diz se a fonte foram os próprios indivíduos, a PSP, o SIS/SIEDM ou a fada madrinha. A seguir, dá-nos detalhes do «plano»: iam «espalhar-se na multidão e provocar os polícias». Fantástico. E ele sabe isto tudo como? A resposta vem quase no fim: Paulo Moura conhece os «sonhos selvagens» dos anarquistas. É parapsicólogo, médium, ou, no mínimo, telepata. Em resumo: o jornalismo a fazer concorrência à Maya e ao Professor Bambo.
Mais sobre o mesmo personagem: «Do culto da personalidade» (as botas de Passos Coelho engraxadas por Paulo Moura).
Sem comentários :
Enviar um comentário