A alteração do regime da ADSE, de obrigatório para voluntário, é um passo no sentido certo mas um passo torto.
É certo porque num período de cortes orçamentais, é difícil perceber por que é que os contribuintes devem continuar financiar a saúde privada dos funcionários públicos. O Estado deve garantir um serviço de saúde pública a todos, e não deve esvaziar este serviço pagando a saúde privada a uma minoria. Os fundos seriam melhor gastos em melhorar o SNS, por exemplo em áreas com pouca cobertura como a medicina dentária.
Contudo, é fácil prever quem vai abdicar da ADSE, utentes com salários altos (a contribuição para a ADSE depende do salário ao contrário dos restantes seguros privados de saúde) e utentes que pouco usam os serviços, ou seja os poucos que dão alguma rentabilidade à ADSE. Por isso julgo que é um passo torto, correndo-se o risco de se aumentar os gastos com esta saúde privada.
É certo porque num período de cortes orçamentais, é difícil perceber por que é que os contribuintes devem continuar financiar a saúde privada dos funcionários públicos. O Estado deve garantir um serviço de saúde pública a todos, e não deve esvaziar este serviço pagando a saúde privada a uma minoria. Os fundos seriam melhor gastos em melhorar o SNS, por exemplo em áreas com pouca cobertura como a medicina dentária.
Contudo, é fácil prever quem vai abdicar da ADSE, utentes com salários altos (a contribuição para a ADSE depende do salário ao contrário dos restantes seguros privados de saúde) e utentes que pouco usam os serviços, ou seja os poucos que dão alguma rentabilidade à ADSE. Por isso julgo que é um passo torto, correndo-se o risco de se aumentar os gastos com esta saúde privada.
6 comentários :
Miguel,
defendes portanto o fim da ADSE?
Não o cheguei a escrever, mas sim. Defendo o fim da ADSE enquanto "seguro privado" de saúde.
naturalmente, o SNS é muito mais importante que a ADSE, pelo que todos os fundos disponíveis deveriam ser canalizados para lá, em vez de deixar dinheiro na ADSE. o vital moreira no causa nossa tem diversos posts interessantes precisamente nesse sentido.
Muito bom post, Miguel. Não fica claro o que tu defendes. Mas também não é claro o que eu defendo... Manter ou acabar a ADSE tem prós e contras, que expões bem.
é fácil prever quem vai abdicar da ADSE, utentes com salários altos (a contribuição para a ADSE...ao contrário dos seguros de saúde
a ADSE não tinha limites, poderia ser operado à próstata ou fazer uma mastomectomia em pouco tempo nos privados e seria ressarcido
a 80% do custo
em 1500 contos de despesas hospitalares poderia receber entre 800 a 1200
idem no dentista onde o SNS não chega
era justo?
nem por isso
era cómodo claro.....
haverá vantagens na mudança dos que recebem 2500 a 3000 euros
duvidoso
os seguros de saúde também têm limites
nos que ganham entre 4000 a 8000 euros mensais
podem pagar um seguro com os 720 a
1000 e tal que pagariam anualmente
mas acima dos 4000 há apenas umas dezenas de milhares com ADSE
não são significativos
o sistema perde umas dezenas de milhões
mais ou menos os custos dos TAC's e dos exames de rotina que comparticipa num dos Hospor's de pequena dimensão
Miguel,
Felicito-o pelo artigo.
Muitos dos direito adquiridos pelos funcionários públicos têm um carácter claramente corporativista herdado do Estado Novo e que lamentavelmente muitos sidicatos defendem d eforma vergonhosa.
Se o SNS é universal todos os os subsistemas em que o Estado protege os protegidos não são legítimos.
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