terça-feira, 15 de junho de 2010

Proibição das burcas em Espanha

Depois de Lérida, seguiu-se Tarragona, seguir-se-á Barcelona e ainda Coín (em Málaga). Mais do que a laicidade, o pretexto invocado são os direitos das mulheres e a necessidade de as pessoas estarem identificáveis nos serviços públicos. Estas restrições do uso dos véus integrais aplicam-se apenas nos serviços municipais, mas deveriam ser acompanhas, na minha opinião, da remoção de símbolos religiosos cristãos que se encontrem em edifícios públicos.

6 comentários :

Unknown disse...

NA MINHA OPINIÃO, OS MUÇULMANOS QUE QUEIRAM VIVER NA EUROPA, TÊM QUE SE SUJEITAR, E BICO CALADO... IMAGINEMOS UMA SENHORA DE MINI-SAIA EM KABUL... QUE FARIAM ELES?... CERTAMENTE MATAVAM-NA LOGO... QUANTO À REMOÇÃO DE SÍMBOLOS RELIGIOSOS, E APESAR DE EU ME ESTAR A MARIMBAR PARA A RELIGIÃO, NÃO CONCORDO COM O SR.... FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA...

Anónimo disse...

Não tem nada que ver as burcas com os símbolos cristãos. Repare que as burcas são proibidas, não por serem símbolos religiosos - que toda a gente é livre de ostentar - mas sim por ocultarem a identidade da pessoa e por, supostamente, violarem os direitos das mulheres. Nada tem a ver com religião. Aliás, a burca é um traje, não é uma forma de religião.

Luís Lavoura

Unknown disse...

E ENTÃO, A MINI-SAIA TAMBÉM É UM TRAJE... NO ENTANTO TAMBÉM É PROIBIDA , NOS PAÍSES DELES...

Ricardo Alves disse...

Luís Lavoura,
as burcas são usadas por imposição de uma religião - uma versão integrista ou extremista de uma religião, mas não deixa de ser uma imposição de origem religiosa. Proibi-las é impedir a imposição da religião a essas mulheres, e portanto não é um acto neutro em matéria religiosa. E se essa proibição não é acompanhada da correspondente laicização do Estado espanhol (retirando símbolos religiosos de edifícios públicos, por exemplo) pode ser entendida como estando a ser feita em nome de uma religião de Estado.

Anónimo disse...

É importante notar que as eleições locais espanholas estão à porta; que esta proposta, se bem que inicialmente avançada pela direita, foi abraçada pelos socialistas (em termos locais, não nacionais); que o desemprego está elevado; que diversas cidades tiveram um aumento de população estrangeira elevadíssimo, nos últimos 10 anos. Apesar de ser completamente contra burqas e outros machismos, estas propostas cheiram demasiado a populismo e a Omo (lava mais branco). Parece-me que há melhores maneiras de contribuir para a igualdade, e temo que essas mulheres de burqa acabem por ficar ainda mais fechadas em casa (onde ninguém as vê, nem sabe quantas são - ou seja, pesam menos na consciência dos políticos e diminuem um bocadinho a visibilidade das desigualdades sociais na rua).

Ricardo Alves disse...

Lígia Paz,
parece-me pouco provável que essas mulheres fiquem fechadas em casa. E é necessário dar um sinal de que práticas extremistas como o véu integral não são aceitáveis.