domingo, 7 de fevereiro de 2010

«Os padres do convento fuzilaram-no»

Na versão católico-monárquica, os padres católicos eram, em 1910, uns homens pacíficos e pacatos que os republicanos mandaram prender de forma totalmente gratuita e por pura maldade e fanatismo. Na verdade, a realidade não é a preto e branco: os padres são homens como os outros, nem anjos nem demónios. Veja-se, por exemplo, o recorte seguinte. É do jornal «A Vanguarda», de 9 de Outubro de 1910.
Agradeço a dica ao Almanaque Republicano: com os jornais republicanos digitalizados, agora vai ser um regabofe.

8 comentários :

Anónimo disse...

Está visto o mata-mouros Ricardo Alves é também mata-frades, um avatar do Afonso Costa, o tal que queria erradicar a religião em duas gerações...

Podia dar uma volta pela iomprensa espahnola dos anos 30 e verificar que aí foram fuzilados 8.000 padres, frades e freiras (entre os quais ums dezena de bispos), muitos dos quais hoje canonizados...

João Vasco disse...

É curioso. O Ricardo limitou-se a citar uma notícia, a lembrar factos que poucos conhecem, e por dizer não mais que a verdade é chamado "mata frades". Quão incómoda pode ser a realidade...

«Podia dar uma volta pela iomprensa espahnola dos anos 30 e verificar que aí foram fuzilados 8.000 padres, frades e freiras (entre os quais ums dezena de bispos), muitos dos quais hoje canonizados...»

Sim, se tivesse alguma coisa a ver com o assunto deste texto, que é a repúbçica em Portugal. Em espanha houve uma guerra civíl, e qualquer pessoa informada está cansada de saber que cada um dos lados mandou fuzilar milhares de elementos do outro. E que a Igreja alinhou pelo lado do ditador Franco, contra o governo que tinha sido democraticamente eleito. Tendo um lado, foi fuzilada e mandou fuzilar. Cada um dos lados foi tão bruto quanto o outro.

dorean paxorales disse...

não há digitalização dos jornais monárquicos?

Anónimo disse...

dorean,

não há porque não interessa ler as noticias sobre os presos políticos, os mortos e as barbaridades feitas durante essa ditadura que foi a Primeira Republica, que este ano será celebrada..

Ricardo Alves disse...

Dorean e anónimo das 9:29,
se, para além de ressabiados, não fossem preguiçosos, teriam ido ao site da Biblioteca Nacional. E teriam verificado que o espectro ideológico dos jornais lá presentes é bastante amplo. Mas enfim: não deixem que a verdade estrague uma boa estória. Ou, neste caso, uma azia centenária. ;)

Ricardo Alves disse...

Anónimo das 1:58,
dispenso matar frades ou mouros.

Sei que consigo é ao contrário, e que almeja matar judeus, americanos, mulheres que usem mini-saia, etc. Enfim. Algum problema.

Eu escrevi este post justamente para recordar que nas guerras se mata de todos os lados. E que os padres, ao contrário do que alguns defendem, não são anjos.

Filipe Castro disse...

Para aí há dois ou três anos, o papa beatificou quase 500 padres, freiras e outros funcionários da organização, que foram mortos durante a guerra civil, muitos com armas na mão, lutando contra a democracia e o humanismo. Sem fazer confusões teológicas, o papa deixou de fora um magote de padres bascos, que tinham sido assassinados pelos franquistas...

dorean paxorales disse...

azia é responder torto a uma pergunta direita.