Sem citar ninguém em concreto, nem sequer a proverbial «fonte próxima de», o Público lá difunde o rumor de que Jaime Gama «já manifestou a sua profunda preocupação» sobre a continuidade de Sócrates na liderança do Governo e do PS. Começa a parecer plausível o afastamento de Sócrates pelo próprio PS, o que seria, na minha modesta opinião, a menos má das soluções.
Entretanto, Baptista-Bastos escreve estas palavras meigas sobre o ainda Primeiro Ministro:
- «O homem mente compulsivamente, denegou os testamentos da esquerda, bandeou-se com a direita procedendo às mais graves traições, não possui bússola ideológica, ignora o que são convicções, é destituído de compleição de estadista e cultiva uma mediocridade feliz dissimulada numa incontinência retórica que, amiúde, o emparelha com um vendedor de feira. Depois disto e com o desenrolar de acontecimentos que o perseguem, porque por ele próprio provocados -, chega-se a este melancólico resultado: José Sócrates é tolo, ingénuo ou extremamente sinistro. As escutas esclarecem não só os contornos desses defeitos como no-lo dizem da desastrosa escolha das suas companhias e das relações perigosas que tem sustentado.» (Diário de Notícias)
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