Este artigo (via Der Terrorist) afirma que o Islamic Forum of Europe, uma organização que promove a chária, está a infiltrar o Partido Trabalhista do Reino Unido. A fonte é um ministro governamental, e portanto a alegação será credível. Numa autarquia onde têm poder, já terão começado a pedir às escolas, mesmo as que não são de maioria muçulmana, que fechem as portas nos feriados muçulmanos. Com tempo e trabalho, exigirão o véu obrigatório para muçulmanos e não muçulmanas.
Gostaria de saber o que pensa disto o Renato Teixeira, grande defensor da «Resistência Islâmica».
16 comentários :
Censura islâmica no 5Dias
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2010/02/censura-islamica-no-5dias.html
A verdadeira questão política são as guerras no Afeganistão e no Iraque?
A presença em cidades europeias de organizações islamofascistas não é, então, uma verdadeira questão política?
E porquê?
«Genocídio» é quando há uma intenção deliberada de exterminar um povo - o que não me parece ser o caso quer no Iraque, quer no Afeganistão.
No Afeganistão, o regime mais retrógrado do último meio século foi desalojado de Cabul pelas tropas da OTAN. É um progresso para os direitos das mulheres afegãs que elas possam sair à rua sem escolta dos homens de família, que possam ir à escola, e não usar burca. Infelizmente, o movimento islamofascista local (os talibã), apoiado pelo imperialismo paquistanês até muito recentemente, mantém-se activo.
No Iraque, os EUA derrubaram um ditador dado a massacrar o seu próprio povo, inclusivamente com o recurso a armas químicas. Foi uma má decisão, dado que se forneceu um campo de treino e recrutamento para os islamofascistas da Al-Qaeda, que têm procedido a morticínios atrozes nos sectores laicos e democráticos do Iraque.
Chega assim?
Mas estas dicotomias é que não fazem sentido nenhum.
Porventura as causas dos islamofascistas tornam-se mais defensáveis pelo factos dos EUA terem invadido injustamente uma nação soberana?
Porventura as causas dos islamofascistas tornam-se mais defensáveis pelo facto dos EUA terem apoiado os Talibãs no passado?
Até parece que se trata de um concurso de popularidade entre o imperalismo norte-americano e o islamofascismo.
Não faz sentido responder a críticas e medos legítimos face às movimentações de quem defende causas reaccionárias (neste caso, os islamofascistas) acusando sem fundamento uma motivação xenófoba, e lançando areia para os olhos lembrando os erros dos norte-americanos. Como se uns erros desculpassem os outros.
Lembrem-se de uma coisa muito simples.
allah andava às ordens e fazia as vontades a maomé.
Em troca:
maomé tirou os amigos a allah
maomé tirou as entidades boas, a malta fixe e porreira, a allah, anjos, santos, arcanjos...
maomé tirou o filho a allah.
maomé tirou a família a allah.
maomé castrou allah, para que nem descendência pudesse deixar.
E por fim,
maomé deixou allah sem espírito e sem fala.
Pior que todo estragado.
Se maomé fez isto ao gajo mais importante do maometismo, não admira aquilo que os seus seguidores pensam, dizem e fazem.
Em verdade, no islão, nem Allah pode ter o mínimo sinal de vida, nem para Allah há o mínimo de espaço.
Porque quando algo existe, por ínfimo que seja, esse algo é fonte de informação, mas no islão, maomé disse muito claramente que já não haveria mais boa informação do Bom Divino.
Só fora do islão, o bem, o dos ateus ou dos religiosos, pode existir e ser fonte de informação e de vida.
Que mal é que allah fez a maomé para o mesmo o ter assassinado?
Deixando-o sem fala e sem espírito.
Também foi culpa dos ocidentais, dos Americanos e da mossad?
c12
Pedro:
«O que não faz sentido é lançar o anátema da "infiltração" sobre as comunidades islâmicas na Europa.»
Se chamarmos ao «Islamic Forum of Europe» uma comunidade islâmica, esta associação fica acima da crítica? Mesmo que defenda uma agenda reaccionária, anti-democrática, contrária aos direitos humanos?
Quanto a mim, é uma instituição reaccionária como tantas outras, e corresponde a uma comunidade islâmica da mesma maneira que o PNR corresponde a uma comunidade cristã. Grande parte dos cristãos e islâmicos não se revê num nem noutro.
A luta pela implementação da charia é uma luta reaccionária, é tão simplesmente isso. E tem de ser identificada enquanto tal.
Tal como um cristão que defenda a pena de morte para mulheres adúlteras ou homossexuais não deve estar acima da crítica por fundamentar as suas ideias políticas nas suas convicções religiosas, o mesmo acontece com qualquer crente de outra religião.
«O que não faz sentido é apresentar as tropas ocidentais como "libertadoras"»
Mas o texto em causa não falava nas tropas ocidentais...
«essa radicalização árabe é consequência directa da acção criminosa das potências ocidentais no Médio Oriente»
A invasão do Iraque teve esse efeito nefasto, e essa era uma das várias razões pelas quais ela é perniciosa. Aí estamos de acordo.
Se o exército Espanhol tomasse o algarve, também seria natural nacionalismo ganhasse popularidade. Isso não tornaria o nacionalismo menos criticável, e nem faria sentido responder a quem se preocupa com as movimentações nacionalistas que o problema são os espanhois.
Não, o problema é o nacionalismo, mesmo que um determinado factor em particular o possa exacerbar.
Claro que por justiça, ou por uma série de outras razões, poderemos ser contra ocupações injustas, seja a dos espanhois dos exemplo, ou a protecção que o governo israelita dá a colonatos ilegais, ou as tropas americanas no Iraque, que lá vão começando a saír.
Mas isso nunca nos deveria fazer dar carta branca a quem luta por ideologias reaccionárias usando como combustível o sentimento de raiva e impotência face a estas injustiças.
Na verdade, parece-me que fazê-lo fomenta a islamofobia.
O erro fundamental de alguma esquerda (e incluo o Renato Teixeira do Cinco Dias e o «Pedro-que-procura-Inês»),
é justamente não terem estudado seriamente os movimentos islamofascistas.
Se a tivessem estudado, sem o etnocentrismo que atribui tudo o que acontece no mundo ao «homem branco capitalista e ocidental», veriam que a «radicalização» de árabes, persas e pastunes não é, essencialmente, uma reacção a «políticas do Ocidente». A reacção fascizante que começou no mundo islâmico em 1979 é uma reacção ao fracasso da modernização socializante de dirigentes pós-coloniais tão diversos como Nasser, Reza Pahlevi (embora o Irão nunca tenho sido uma colónia), ou os dirigentes do Paquistão.
As causas do islamofascismo estão nos países árabes, não estão no «Ocidente».
A título de exemplo (que isto é só uma caixa de comentários): os talibã são um movimento pastune criado com o apoio, esse sim fundamental, dos serviços secretos do Paquistão (ISIS) e das forças armadas do Paquistão. Por razões de afirmação regional do Paquistão, em particular contra a Índia (ou seja, por «imperialismo»... paquistanês). Os mujahedine não teriam derrotado a URSS sem os campos de treino paquistaneses e o dinheiro saudita e do golfo. Reduzir todos estes agentes a «marionetes» dos EUA e da CIA é tomar o acessório pelo fundamental. Os EUA e a CIA foram USADOS pelos islamofascistas, desde a invasão do Afeganistão até ao 11 de Setembro.
Poderia continuar: o Hezbollah também tem ligações muito claras à Síria e ao Irão. Há imperialismos regionais.
«Camarada»,
eu dei-te razões concretas para o progresso dos movimentos islamofascistas. Não te vi discuti-las, a não ser pelo bitaite do Vasco Gonçalves... Que nada tem que ver com isto porque Portugal passou de uma ditadura fascista para uma democracia. O que se passa em países como o Egipto é que se mantém uma ditadura secular (nesta fase, já não «socializante» nem com grandes esperanças de mobilização popular) ameaçada pelo islamismo. A Palestina passou de um movimento laico para um movimento islamista, efectivamente devido ao fracasso de Arafates e companhia. Etc.
Repetes o erro que apontei mais acima: acreditar que tudo o que acontece no mundo é consequência dos actos do «homem branco ocidental». Não é. Teria havido mujahedines sem apoio dos EUA e da CIA. E teria havido talibã mesmo que os EUA não se lhes tivessem oposto (não apoiaram nem se opuseram até ao 11 de Setembro). E o regime dos aiatolás, esse, acho que é insuspeito de ser uma criação dos EUA. Bin Laden também nunca precisou dos EUA para ser o que é. Convergiu marginalmente com eles, quando lhe deu jeito.
Portanto: vocês é que não estão a olhar para as causas do islamismo. Estão a olhar para um actor secundário e marginal que é os EUA (a Europa nem entra nessa discussão). Como se os árabes, persas e pastunes não tivessem cabeça para ter os seus próprios objectivos e as suas próprias ideias. Que têm. Como toda a gente vê, menos os que persistem em afirmar que o islamismo é uma criação «ochidental».
Pedro:
«Querem acabar com o "islamofascismo"? Terminem com as causas concretas que empurram os crentes islâmicos para o fundamentalismo.»
Assim, quando um dia denunciares o nacionalismo ou a xenofobia, digo-te que essa denúncia não faz sentido, pois devias antes acabar com a ignorância e miséria que ajudam a que outros aceitem melhor estas ideias.
Enquanto não acabares com a ignorância e a miséria - como se isto estivesse na tua mão - não podes denunciar nenhum movimento reaccionário, os seus objectivos ou acções.
Espero que com este exemplo vejas claramente o absurdo da atitude.
Sim, creio que criticar a denúncia que aqui é feita nas bases em que o fazes, sabendo perfeitamente que não somos responsáveis, nem tão pouco apoiamos, pela invasão do Iraque ou pelos colonatos israelitas ilegais (por exemplo), é, efectivamente, dar a tal carta branca que certamente não queres dar.
Mas se não queres dar, não critiques quem denuncia o islamofascismo. Sem deixares de te manifestar contra as injustiças que acreditas estarem na origem da acrescida popularidade desse movimento, sê justo e critica-o como criticarias qualquer movimento reaccionário do mesmo tipo se não estivesse em jogo qualquer tipo de discriminação religiosa.
Porque alimentar essa discriminação faz mais pela islamofobia do que denunciar os movimentos reaccionários onde eles existem.
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