Aquando da polémica sobre as declarações de Saramago, Inês Pedrosa foi das poucas pessoas a compreender como aquilo que Saramago dizia era justo, necessário e até urgente. Sobre a burca, também não se engana.
- «A lei destinada a proibir o uso da burka no espaço público francês tem causado uma polémica incompreensível. Uma mulher da tribo Bororo pode passear-se por Paris com o seu traje típico, que consiste no corpo nu pintado com argila? Uma francesa pode entrar numa repartição pública com o biquíni que usa na praia? (...) Mesmo que muitas dessas mulheres se manifestem defensoras do traje que as anula, a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros - e um ser fantasmático, sem rosto, sem identidade, é uma ameaça evidente a todos os outros que circulam no espaço público. (...) E não faz sentido que, num país com as responsabilidades históricas que a França tem na conquista de uma civilização laica, com direitos iguais para todos, se passeiem pelas ruas mulheres tapadas como monstros ou criminosos. O exemplo da humilhação humilha - a burka é um enxovalho para todas as mulheres e homens que se vêem como seres livres e iguais. (...) A liberdade inclui o disparate. Mas não inclui a tolerância para com o esmagamento das mulheres debaixo de burkas.» (Expresso)
2 comentários :
Assino por baixo.
Por isso é que não havia mulheres no tempo de Najibullah com burka e,andavam na universidade,trabalhavam,tinham liberdade.Com a NATO já não ér assim pq o negócio do ópio tem que continuar custe o q custar para ajudarem os criminosos da banca e, controlarem os recursos naturais à volta para qdo chegar a hora,estrangularem os chineses.Mas,isto para o blog é dificil de engolir
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