- «O secularismo e a laicidade, apesar dos seus aspectos positivos, com a ajuda de um certo mediatismo, promovem também algumas ideias erradas, nomeadamente a de que só no mundo das religiões encontramos a apetência natural para a violência.» (Faranaz Keshavjee no Público de hoje.)
Não, minha cara amiga. Pessoalmente, o que eu penso é que a violência é uma apetência natural (um facto biológico) no homem (mas não no Homem). O papel histórico das religiões, e as monoteístas são as melhores nisso, tem sido o da justificação social da violência. Modernamente, algumas ideologias totalitárias têm feito uma concorrência notável às religiões, neste e noutros domínios.
- «As ideologias que controlam as sociedades humanas, religiosas ou não, regem-se por "verdades" incontornáveis e intransigentes que não permitem o espaço para o pluralismo.» (idem)
Pelo contrário. Nem todas as ideologias negam espaço ao pluralismo ou afirmam «verdades incontornáveis». Algumas limitam-se a tentar que as sociedades sejam um espaço em que todas as verdades se possam confrontar, dialogar e conviver. É o caso do laicismo e do «democratismo».
3 comentários :
" Nem todas as ideologias negam espaço ao pluralismo.."
Dai acho curioso que incluias o laicismo (versão anticlerical incluida?).
Acho que o tiago não compreende o que é o laicismo...
Ricardo: foi bem postado isto.
O texto da senhora é de uma vigarice incomparável.
O principio é um ataque disfarçado à democracia, ao laicismo e ao pluralismo.
É o clássico argumento de que não se deve proibir alguém de exprimir a sua opinião ou acção mesmo que isso vá contra a lei e contra a organização democrática laica de um estado - na prática uma defesa encapotada do multi culturalismo.
Depois passa ao paragrafo seguinte e vai dar bicadas no Huntington , atacando as inconcruências do conceito civilizacional.
O problema é que o Huntington escreveu uma self fullfilling prophecy de estratégia (militar) primordialmente e não de civilizações, mas ela não pode ir por aí.
E no fim passa a uma metáfora , contando um conto muçulmano acerca de dois pássaros.
Tudo isto extraordinariamente mal escrito em longos parágrafos.
Ou seja
1-defesa do multiculturalismo e aataque À democracia
2- ataque ao cocneito do Huntington( justificado, diga-se ,mas não por aquelas razões)
3- uma parábola cheia de metáforas a resvalar para o sufismo místico e transcendente para acabar em beleza.
Ok, isto está bonito está....
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