terça-feira, 5 de julho de 2011

Após o Prós e Contras (3)

Melhores intervenções: a de Carlos Carvalhas, o único a notar a contradição entre a necessidade de investir mais para estimular a economia e a necessidade de poupar mais, que só se resolve com melhores salários para as classes mais baixas; e a de um senhor psicólogo (não recordo o nome, mas gostei muito de o ouvir), que explicou que, quando vivemos permanentemente numa situação de ansiedade, segregamos mais cortisol que nos destrói os órgãos. A precariedade ainda nos vai matar a todos!

3 comentários :

FAÇA O SEU PRÓPRIO FLUVIÁRIO SEM FAZER MUITA FORÇA disse...

com os cortico-esteróides que tomamos pelo serviço nacional de salubridade não precisamos do cortisol para nada

já nadamos nele

Luís Lavoura disse...

Não vejo lógica nenhuma na afirmação que o Filipe atribui a Carlos Carvalhas.

De facto, se a necessidade é de "poupar mais" e de "investir para estimular a economia", essa necessidade certamente que não será satisfeita "com melhores salários para as classes mais baixas", dado que estas últimas têm sobremaneira tendência a gastar todo o seu rendimento e não a poupar nem a investir.

João Vasco disse...

Luís Lavoura:

A expectativa de procura influencia a perspectiva de rentabilidade, e a poupança influencia os juros.

O investimento aumenta quando o diferencial entre a perspectiva de rentabilidade e os juros aumenta.

O consumo aumenta a procura agregada, contribuindo assim para o aumento do diferencial, mas, correspondendo a uma diminuição de poupança, leva a um aumento dos juros, o que diminui o diferencial.

A poupança tem o efeito oposto, aumenta o diferencial por diminuir os juros, mas diminui-o por diminuir a expectativa de rentabilidade.

Mas então, como fazer o balanço para saber qual dos efeitos é mais significativo, e saber qual das situações mais encoraja o investimento? Bom, essa é uma questão complexa, e não é no prós e contras que se resolve.

Mas Carvalhas fez bem em fazer notar o outro prato da balança. No discurso mediático está praticamente inexistente.