Melhores intervenções: a de Carlos Carvalhas, o único a notar a contradição entre a necessidade de investir mais para estimular a economia e a necessidade de poupar mais, que só se resolve com melhores salários para as classes mais baixas; e a de um senhor psicólogo (não recordo o nome, mas gostei muito de o ouvir), que explicou que, quando vivemos permanentemente numa situação de ansiedade, segregamos mais cortisol que nos destrói os órgãos. A precariedade ainda nos vai matar a todos!
3 comentários :
com os cortico-esteróides que tomamos pelo serviço nacional de salubridade não precisamos do cortisol para nada
já nadamos nele
Não vejo lógica nenhuma na afirmação que o Filipe atribui a Carlos Carvalhas.
De facto, se a necessidade é de "poupar mais" e de "investir para estimular a economia", essa necessidade certamente que não será satisfeita "com melhores salários para as classes mais baixas", dado que estas últimas têm sobremaneira tendência a gastar todo o seu rendimento e não a poupar nem a investir.
Luís Lavoura:
A expectativa de procura influencia a perspectiva de rentabilidade, e a poupança influencia os juros.
O investimento aumenta quando o diferencial entre a perspectiva de rentabilidade e os juros aumenta.
O consumo aumenta a procura agregada, contribuindo assim para o aumento do diferencial, mas, correspondendo a uma diminuição de poupança, leva a um aumento dos juros, o que diminui o diferencial.
A poupança tem o efeito oposto, aumenta o diferencial por diminuir os juros, mas diminui-o por diminuir a expectativa de rentabilidade.
Mas então, como fazer o balanço para saber qual dos efeitos é mais significativo, e saber qual das situações mais encoraja o investimento? Bom, essa é uma questão complexa, e não é no prós e contras que se resolve.
Mas Carvalhas fez bem em fazer notar o outro prato da balança. No discurso mediático está praticamente inexistente.
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