Fazer greve não é só não trabalhar. É também não fazer trabalhar os outros. Não comprar. Não andar de transportes públicos. Não meter os filhos na escola. Não gastar.
Eu sei, pode parecer pouco. Até ridículo. Mas convém pensar nisto numa época em que o trabalho já não é o que era. Em que se desequilibrou de tal modo a relação de forças entre capital e trabalho que se tornou facílimo despedir ou até manter presos trabalhadores sem contrato ou sem salário fixo (e trabalhadores que nem sequer são reconhecidos como tal). Em que o sub-emprego e o emprego parcial são a condição do precariado. E em que, infelizmente, os sindicatos e os media se focam naquela minoria de 11% que trabalha directamente para o Estado.
2 comentários :
Parece que fazer greve é, para o autor do post, mais ou menos como o sábado para os judeus...
E o mais engraçado do dia (e que passou despercebido) foi a carneirada em romaria aos Pingos Doces por via da publicaçäo no FB de um cartaz a anunciar 50% de desconto para o dia da Greve Geral... :D
http://aventadores.files.wordpress.com/2012/11/pingo-doce.jpg
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