Com crise ou sem ela, o aquecimento global continua. Bem sei que muitos consideram que é alarmista a preocupação que existe entre os climatólogos e a sociedade face a um assunto em relação ao qual existem mais dúvidas que certezas. Nada mais errado: a sociedade tem pecado por inacção e não por alarmismo, e as previsões dos climatólogos têm pecado por conservadoras.
Já que é impossível que evitemos esta situação, face à falta de vontade política e apoio popular para implementar as medidas apropriadas, espero que daqui a umas décadas seja claro quem é que teve a lucidez de identificar o aquecimento global um problema fundamental, e quem é que insistiu na inacção catastrófica que vai marcar a resposta da humanidade a este desafio.
A minha posição é clara: as pessoas queixam-se que a electricidade é cara, mas é excessivamente barata, pois os impactos ambientais devidamente calculados deviam fazer parte do preço. Há negociatas duvidosas que inflaccionam o preço, mas, mesmo sem a sua influência, um custo sustentável da energia seria superior.
As pessoas queixam-se que a gasolina é cara, mas é excessivamente barata. Bem sei que o conluio entre as empresas abastecedoras em Portugal é parte da razão, mas os impostos sobre o consumo de produtos petrolíferos deveria ser superior.
E toda a produção industrial que resulte na emissão de gases que provocam o efeito de estufa deveria ser ainda mais severamente taxada. O custo de vida iria subir, mas isso seria uma forma mais racional de responder a este problema.
Numa situação de crise, onde os preços actuais já têm um impacto perverso sobre a qualidade de vida das pessoas, a braços com menos rendimento, esta é uma posição impopular - mas defendo-a sem hesitações, e infelizmente estou confiante que o tempo me dará razão.
Já que é impossível que evitemos esta situação, face à falta de vontade política e apoio popular para implementar as medidas apropriadas, espero que daqui a umas décadas seja claro quem é que teve a lucidez de identificar o aquecimento global um problema fundamental, e quem é que insistiu na inacção catastrófica que vai marcar a resposta da humanidade a este desafio.
A minha posição é clara: as pessoas queixam-se que a electricidade é cara, mas é excessivamente barata, pois os impactos ambientais devidamente calculados deviam fazer parte do preço. Há negociatas duvidosas que inflaccionam o preço, mas, mesmo sem a sua influência, um custo sustentável da energia seria superior.
As pessoas queixam-se que a gasolina é cara, mas é excessivamente barata. Bem sei que o conluio entre as empresas abastecedoras em Portugal é parte da razão, mas os impostos sobre o consumo de produtos petrolíferos deveria ser superior.
E toda a produção industrial que resulte na emissão de gases que provocam o efeito de estufa deveria ser ainda mais severamente taxada. O custo de vida iria subir, mas isso seria uma forma mais racional de responder a este problema.
Numa situação de crise, onde os preços actuais já têm um impacto perverso sobre a qualidade de vida das pessoas, a braços com menos rendimento, esta é uma posição impopular - mas defendo-a sem hesitações, e infelizmente estou confiante que o tempo me dará razão.
1 comentário :
Eu também não tenho muitas dúvidas de que o tempo vai dar-lhe e razão, a incógnita é quanto tempo haverá que esperar. E suspeito que muito menos que o inicialmente previsto. O IPCC segue a ser muito conservador, e teima e usar modelos lineares, quando há muito que se sabe que no clima há vários processos de realimentação que fazem com que o seu comportamento sejam nitidamente não linear.
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