«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
A história repete-se. O que faz pena é saber que os polícias também têm um seguro de saúde miserável, ordenados miseráveis e vidas miseráveis, mas não hesitam em agredir os estudantes, quando os ricos os mandam reprimir os protestos, sempre com as palavras do costume - liberdade e democracia - entre os dentes.
«O que faz pena é saber que os polícias também têm um seguro de saúde miserável, ordenados miseráveis e vidas miseráveis, mas não hesitam em agredir os estudantes»
Tem havido casos em que hesitam, e até já têm desobedecido às ordens do poder político alegando que os manifestantes não estão a infringir a lei. Claro que as diferentes posturas da polícia nas diferentes cidades dependem também de até que ponto é que as chefias estão compradas...
De qualquer forma, estas atitudes violentas e indesculpáveis da polícia, graças à forma como foram registadas e difundidas por um público menos desatento do que aquilo que se poderia pensar, têm servido de combustível a estes protestos que têm ganho cada vez maior magnitude. Não é por acaso que aqui se optou pelo fim deste tipo de repressão - estava a ser contraproducente face aos interesses dos poderosos.
Quando assisti o Jornal da Cultura que colocou o tema em debate, fiquei surpreso com o tom adotado pela apresentadora, Cristina Poli e um dos debatedores, Pondé. Acho que estamos caminhando para um mundo de atitudes e vontades enquadradas. Infelizmente vejo que a mediocridade e a vontade dos religiosos está impregnando a sociedade e colocando toda a luta pela liberdade dentro de um campo em que possam controlá-la.
O EsquerdaRepublicana é um blogue à esquerda, independente dos partidos mas não de valores e causas, republicano, laicista, democrata e plural. Foi fundado em Março de 2005.
4 comentários :
«O que faz pena é saber que os polícias também têm um seguro de saúde miserável, ordenados miseráveis e vidas miseráveis, mas não hesitam em agredir os estudantes»
Tem havido casos em que hesitam, e até já têm desobedecido às ordens do poder político alegando que os manifestantes não estão a infringir a lei.
Claro que as diferentes posturas da polícia nas diferentes cidades dependem também de até que ponto é que as chefias estão compradas...
De qualquer forma, estas atitudes violentas e indesculpáveis da polícia, graças à forma como foram registadas e difundidas por um público menos desatento do que aquilo que se poderia pensar, têm servido de combustível a estes protestos que têm ganho cada vez maior magnitude.
Não é por acaso que aqui se optou pelo fim deste tipo de repressão - estava a ser contraproducente face aos interesses dos poderosos.
Quando assisti o Jornal da Cultura que colocou o tema em debate, fiquei surpreso com o tom adotado pela apresentadora, Cristina Poli e um dos debatedores, Pondé. Acho que estamos caminhando para um mundo de atitudes e vontades enquadradas. Infelizmente vejo que a mediocridade e a vontade dos religiosos está impregnando a sociedade e colocando toda a luta pela liberdade dentro de um campo em que possam controlá-la.
Entrámos numa época muito perigosa.
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