- «A mocidade portuguesa dos partidos da direita confunde a responsabilidade política que se julga em eleições com a responsabilidade penal que é do foro dos tribunais.
Em vez de apurar os crimes do BPN e as contrapartidas dos submarinos (aparentemente do foro criminal), a mocidade descobriu que as malfeitorias do Governo PSD/CDS podem ser esquecidas com ruído mediático sobre o défice do último Governo. Para essa central de intoxicação não houve crise internacional nem o chumbo do PEC – 4 porque Passos Coelho não admitia aumentar impostos e sacrifícios. Só queria cortar despesas, e os eleitores não pensaram nas próprias, julgando que se referia às do Estado.
(...)Para esclarecer os justiceiros dos partidos da direita lembro-lhes que Cavaco atingiu um défice de 7,5% em 1993 e terminou com 5% em 1995. A seguir, António Guterres, com Sousa Franco nas Finanças, baixou-o para 2,7% até 1999 e deixou Portugal no euro. Manuela Ferreira Leite teve défices de 2,9%, 3% e 3,4% , respectivamente em 2002, 2003 e 2004, altura em que Barroso fugiu para Bruxelas. O mais rápido descalabro surgiu com Bagão Félix, que gosta de se intitular ex-ministro das Finanças e que, no precário consulado de Santana Lopes, passou o défice de 3,4 para 5,9% (2004/05).
(...)
O sonho de alguns órfãos de Sá Carneiro – um presidente, um governo e uma maioria – converteu-se rapidamente num pesadelo para quase todos. O Orçamento de Estado para 2012 é tão injusto que até o PR já deu conta.» (Carlos Esperança)
Olhe que não, senhor arcebispo, olhe que não
Há 8 horas
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