sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ETA

A ETA anunciou terça-feira o abandono definitivo da violência. Segundo o El Pais, em 43 anos os etarras mataram mais de 800 pessoas, muitas culpadas de irem a passar quando eles explodiam as bombas, ou de estarem a dormir dentro de um carro por não terem dinheiro para o hotel, como os dois imigrantes assassinados em Barajas.

A maioria dos etarras está na prisão e a situação da ETA era insustentável há vários meses. E como sempre, é impossível saber a verdade porque ambos os lados mentem e exageram os factos, mas tudo indica que a ETA se tinha transformado numa organização criminosa, como quase todos os movimentos armados do século XX. As coisas que tenho lido sugerem que as principais preocupações dos dirigentes da ETA, que tinham estabelecido relações com a Camorra italiana, acabaram por não ser muito diferentes das dos patrões da mafia ou dos gestores da banca e das seguradoras: dinheiro, poder e sexo.

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