O racismo é um problema seríssimo no Texas. Ainda há aqui cidades como Vidor, onde os negros não estão autorizados a sair de casa à noite. O último linchamento de um africano no Texas foi em há dois anos, em Paris, e o penúltimo há 12, em Jasper. As histórias de brutalidade e acusações motivadas por racismo, algumas vezes sustentadas por testemunhas pagas pela acusação, fazem uma longa e triste lista no Texas. A história de Clarence Brandley é eloquente sobre a injustiça medieval do sistema.
Em Tulia, em 1999, 46 pessoas foram falsamente incriminadas pela polícia.
A lista dos condenados que acabaram por ser ilibados também é longa e ilustra a injustiça e a arbitrariedade dos processos. Como perguntou o Presidente Carter a um jornalista defensor da pena capital: "Será possível imaginar um homem branco e rico a ser executado?"
Por estas razões um advogado texanos pediu a inconstitucionalidade da pena de morte neste estado. Segunda-feira o juiz Kevin Fine vai-se pronunciar. Os texanos adoram executar pessoas e vão dançar para a porta da prisão, em Huntsville, em dias de execuções. Aqui a pena de morte tem o significado dos sacrifícios humanos da Idade Média, em que uma população abrutalhada e supersticiosa se regala com este ritual e vota em yahoos como Bush e Perry, que lhes prometam mais execuções que os oponentes políticos.
Vamos a ver o que diz o juiz no dia 6 e como é que Rick Perry, o nosso governador abruti, reage.
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