Today, we are seeing hundreds of years of scientific discovery being challenged by people who simply disregard facts that don't happen to agree with their agendas. Some call it "pseudo-science," others call it "faith-based science," but when you notice where this negligence tends to take place, you might as well call it "political science."
###You can see "political science" at work when it comes to global warming. Despite near unanimity in the science community there's now a movement - driven by ideology and short-term economics - to ignore the evidence and discredit the reality of climate change.
You can see "political science" at work with respect to stem cell research. Despite its potential, the federal government has restricted funding for creating new cell lines - putting the burden of any future research squarely on the shoulders of the private sector. Government's most basic responsibility, however, is the health and welfare of its people, so it has a duty to encourage appropriate scientific investigations that could possibly save the lives of millions.
"Political science" knows no limits. Was there anything more inappropriate than watching political science try to override medical science in the Terry Schiavo case?
And it boggles the mind that nearly two centuries after Darwin, and 80 years after John Scopes was put on trial, this country is still debating the validity of evolution. In Kansas, Mississippi, and elsewhere, school districts are now proposing to teach "intelligent design" - which is really just creationism by another name - in science classes alongside evolution. Think about it! This not only devalues science, it cheapens theology. As well as condemning these students to an inferior education, it ultimately hurts their professional opportunities.
Hopkins' motto is Veritas vos liberabit - "the truth shall set you free" - not that "you shall be free to set the truth!" I've always wondered which science those legislators who create their own truths pick when their families need life-saving medical treatment.
There's no question: science - the very core of what you have been living and breathing these past several years - is being sorely tested. But the interesting thing is this is not the first time that graduates of the School of Medicine have faced such a challenge. When the institution was founded more than a century ago, medicine was dominated by quacks and poorly-trained physicians. In that world, Johns Hopkins and its graduates became a beacon of truth, and trust and helped to revolutionize the field.
Today, in just a few hours you will each evoke that same respect - and with it, you will each bear the same responsibility: To defend the integrity and power of science.
(...) When Johns Hopkins developed the original principles by which the hospital should operate, he specifically decreed that it should "treat the indigent sick of the city… without regard to sex, age, or color."
It may sound obvious that the goal of every doctor and scientist is to use knowledge to improve the lives of others, but this cannot be taken for granted anymore. Look at some of the recent federal and state governmental, medical, and scientific policies and then tell me that, in every case, the end goal is always about helping the patient. I don't think so!
I work at the city level, dealing with real world problems and delivering actual services. We have to put the care and treatment of our neighbors front and center. We can't let ideology get in the way of truth.
We have pursued a ground-breaking agenda built on facts, and on a commitment to those who need it most. A patient-driven program that cares about outcomes, not incomes. Let me give you some examples:
We have taken aim at tobacco - the country's biggest killer - by raising cigarette taxes, running hard-hitting ad campaigns, helping smokers quit, and wiping out smoking in bars, restaurants, and other workplaces.
We have taken aim at AIDS by focusing on reducing risky behavior, improving the quality of care, and expanding testing - because knowledge is power.
We have taken aim at diabetes - the only major health problem in our country that's getting worse - by beginning to address childhood obesity and working to create the nation's first-ever population-based diabetes registry.
And we have taken aim at unintended pregnancies by increasing access to high-quality reproductive health care services for all our citizens. Last June, we became the first city in America to run a public campaign to raise awareness and increase access to Emergency Contraception.
None of these initiatives is steeped in ideology, but they are all brimming with common sense. To me, that's really the essence of good public health policy, and it's the same approach that I hope you will carry with you wherever you go, whether it's into research, practice, teaching, or the private sector.
If you think about it, the cardinal rule of medicine - "Do no harm" - really aims too low. To improve health means being rigorous, being inquisitive, keeping up to date with scientific progress, and always pursuing the truth. It also means thinking beyond just medicine, and addressing the broader social, political, and economic issues that affect health: Housing, education, discrimination, and most of all, poverty.
Addressing these issues will increase access to care and improve patient outcomes, but there's no doubt, it will take courage and strong leadership to make society confront them. Fortunately, as graduates of this institution, I believe you can be those leaders. (...)
(Address to Graduates of Johns Hopkins University School of Medicine - Baltimore, MD; Michael Bloomberg; May 25, 2006)
Michael Bloomberg é republicano e actual mayor de Nova Yorque.
4 comentários :
com a excepção de qualificar a crítica à correlação entre poluição e "aquecimento global" como uma "politiquíce científica" (um dia destes um de nós deveria escrever um post sobre correlações entre actividade solar e temperatura terrestre, versus falta das mesmas entre poluição e temperatura, numa escala global), parece-me um excelente discurso! não tinha esta imagem do bloomberg.
a corrente que se observa em tantos locais distintos, de uma crescente irracionalidade associada à negação da ciência, parece-me aberrante. aberrante e hipócrita: se alguém escolhe negar a ciência no que diz respeito à evolução, ou ao que for, pois então parece-me que o mínimo que pode fazer para ser coerente com ela mesma é devolver o telemóvel, devolver o computador, não por os pés num hospital quando doente, et cetera, et cetera, et cetera...
Está claro que eu não sou especialista no assunto, e tenho muitas e cada vez mais dúvidas sobre o que realmente ainda se pode fazer neste mundo tão energeticamente dependente, mas tenho entendido que é relativamente unânime entre os geofísicos que o que é absolutamente novo neste processo de aquecimento global, e o torna particularmente perigoso, é o seu ritmo. O que só se explica de forma mais plausível pelo novo factor de poluição humana. Não concordas Ricardo? Neste caso acho que deveria ser tu a escrever o tal post, se calhar terminavas até conseguindo um link do João Miranda para este blog.
pois acho que não concordo! :-) (e não sei quem é o joão miranda). não sendo climatologista, tanto quanto percebo o problema, existem correlações medidas entre temperatura global terrestre e actividade solar (idades de gelo, e óptimos climáticos, associadas a distância terrestre ao sol, e mini-idades de gelo, e mini-óptimos climáticos, associadas a actividade solar). mas não existe correlação medida entre temperatura global e acções antropogénicas. aqui é importante sublinhar a palavra global: naturalmente a uma escala urbana, local, essas correlações existem.
além do mais parece-me que a única afirmação segura que se pode fazer sobre o clima em 2100 é que, em média, o verão de 2100 será mais quente que o inverno de 2100. e essa afirmação diz respeito apenas a propriedades orbitais da terra. qualquer estimativa da temperatura em 2100 deve ter uma margem de erro tão elevada que qualquer valor (de aumento ou diminuição) deve ser possível!
daí referir que o "aquecimento global de natureza antropogénica" é um pouco uma "pseudo-science" ou uma "faith-based science", pois parece mudar consoante a "cor" política da pessoa que a discute. ora isso não é muito científico, pois não?
a discussão destas questões é bastante inflamada. penso que um começo muito neutro (talvez demasiado neutro para o meu gosto!) é o da wikipedia (naturalmente neutro dada o seu carácter enciclopédico):
http://en.wikipedia.org/wiki/Global_warming_controversy
existem textos mais "picantes", mas como estes comentários já desviam um pouco do post original, fico-me por aqui! ;-)
A opinião de algumas pessoas está relacionada com as suas opções políticas. A maior parte das pessoas de direita que conheço não põe em causa o aquecimento global "acreditando" nos trabalhos dos climatologistas e geofísicos sobre o tema. Os mesmos climatologistas e geofísicos parecem acreditar, com maior ou menor veemência, que realmente a influência humana no ritmo do aquecimento global nas últimas décadas não parece ser desprezável de acordo com os modelos actuais (modelos grosseiros, inevitavelmente grosseiros, mas os que temos), e isso independentemente das suas cores políticas. O facto de que o homem não entre nas equações físicas fundamentais não impede que entre nas "equações ambientais", e me parece então natural que dado o avanço e crescimento da população mundial o papel humano na "equação ambiental" a nível planetário seja inevitável. Mas pode ser que tenhas razão, não pelos argumentos do teu texto mas simplesmente por "sorte". Neste caso diríamos até, sorte (já sem aspas) de todos nós.
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