domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sim, Olivença é de Portugal

Que eu saiba, Portugal não abdicou dos seus direitos históricos sobre o território de Olivença. E do mesmo modo que não aceito a perversão nacionalista dos símbolos republicanos tentada pelo Estado Novo, não aceito que a questão de Olivença seja património exclusivo de alguma direita mais lunática ou dos anti-espanholistas primários. Regozijo-me portanto por ver um grupo de deputados socialistas levantarem a questão junto do MNE.

10 comentários :

Rui Curado Silva disse...

Ricardo,

Olivença foi anexada no tempo de D. Dinis, nunca foi verdadeiramente nossa. Foi perdida num dos episódios mais vergonhosos da nossa história, quando a nossa família real fugiu para o Brasil das invasões napoleónicas. Deixamos Olivença e o próprio país ao abandono. Eles voltaram naturalmente à origem.

Vai a Olivença e tenta falar nisso aos locais...

Ainda por cima, há lá património nosso ao abandono, como o túmulo do pai do Vasco da Gama, da nossa responsabilidade, que mostram o interesse real que nós temos em Olivença, que é nenhum.

Se fossemos tão rigorosos em relação às nossa restantes regiões fronteiriças tínhamos muito mais Olivenças para disputar com a Galiza, Leão, etc. Na secção entre Valença do Minho e Termas de Monfortinho muito haveria a discutir sobre a forma como umas e outras localidades passaram para Espanha e Portugal. Inclusivamente Ayamonte que foi conquistada por ordens militares ao serviço de Portugal.

Para mim, o que esta revindicação de Olivença mais revela é uma interpretação e um conhecimento muito superficial do que é a história de Portugal e da evolução dos territórios de fronteira.

Ricardo Alves disse...

Rui,
Olivença é diferente de qualquer outra povoação ou território raiano pela simples razão de que houve um Tratado internacional reconhecendo aquele território como nosso, e ainda hoje se manter a reivindicação portuguesa, ao ponto de a fronteira não estar oficialmente delimitada do lado português. Não podes portanto comparar com outras povoações raianas. E a estupidez dos Braganças não vem ao caso.

(Estranho é que digas que «nunca foi verdadeiramente nossa»... Se o foi durante cinco séculos...)

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

Não Olivença foi perdida na guerra das laranjas anos antes da fuga para o Brasil...é um pedaço de terra

o meu vizinho vindo de Odivelas também me anexou 150 m2 e nã é por isso queu vou matá-lo (perdão fazer-lhe a passagem para um plano superior

Arzila é nossa...
Não esqueçamos Mazagão
e Remember the Alamo (que já foi Mexicali e antes disso era dos ZUñi e dos mapaches apaches

edermin was

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

se o não é já há dois...

e perdemos um bom pedaço de terra além de Olivença

mas na amazónia ficamos com mais uns milhões de km2 para o tempo foi uma troca justa

e ganhámos paz com castilla e león após a última invasão dos francos
200 anos sem guerra entre bizinhos
valem duas Olivenças
ou três Falkland

e a manutenção das colónias valeu 10 mil mortos de 1905 a 1918
e a ruína económica de 1961 a 1974

as guerras por um pedaço de terra ou por um córrego de água têm sempre custos

Maquiavel disse...

Os republicanos tentaram resolver a questäo logo em 1911 pedindo apoio aos donos das terras ocupadas. Acontece que aquilo era do português sr. Duque do Raio Co Parta, e esse preferiu ficar sob alçada régia (mesmo estrangeira) porque em Portugal já näo era reconhecido como nobre... Miguéis de Vasconcelos häo muitos!

E pronto!

Aqui para nós, geograficamente näo faz sentido aquela "pila" Olivença-Táliga. O reizinho que estabeleceu a fronteira bem podia ter requerido continuidade territorial até Barrancos, i.e. que também Alconchel, Figueira de Vargas, Vila Nova de Fresno, Zaínos, e Oliveira da Fronteira fossem Portugal. Evitava o problema.

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

aqui para nós o Maquiavel parece mais o António Sardinha ou o António Ferro, infelizmente não na maneira qu'escreve.
Os republicanos que em 1911-1913 tomaram posse de muitas terras dos antigos caceteiros políticos d'el Rey, desde o barrocal algarvio ao rosmaninhal e às terras do bouro...

não deviam ser os melhores protectores de tais terrenos de escasso valor agrícola

o exército espanhol ocupou em 20 dias todo o alto alentejo e ocupando, sem resistência, a praça de Olivença.....renderam-se sem um tiro... depois a fortaleza ou forte de Juromenha caiu sem uma escaramuça Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena e Ouguela.

só Campo Maior resistiu umas semanas e a de Elvas resistiu em grande...em contrapartida apanhamos o Rio Grande do Sul até ó Rio da Plata e omato Groisso
abrindo o caminho da ex-amazónia boliviana e etc ao futuro...Brasiu

se calhar podíamos trocar olivença pelo mato grosso...

Psychical btsrea

J.Silva disse...

@Rui Curado da Silva disse:
"Olivença foi anexada no tempo de D. Dinis, nunca foi verdadeiramente nossa. Foi perdida num dos episódios mais vergonhosos da nossa história"

Está duplamente equivocado.

1. Olivença foi portuguesa pelo tratado de Alcanizes. Nesse tratado, foram trocadas localidades entre Portugal e a então Castela e Leão. Por exemplo, Portugal cedeu Aiamonte.

2. A fuga do rei para o Brasil ocorreu em 1808. A conquista de Olivença de Olivença pelas tropas espano-franceses ocorreu em 1801.
Repare ainda que os argumentos legais para a devolução de Olivença a Portugal só aconteceram precisamente em 1808.

J.Silva disse...

@Ricardo Alves

É interessante o cuidado colocado na constituinte de 1911 no que respeita à definição do território. O texto final salvaguarda implicitamente os direitos de Portugal a Olivença.

Por fim, e a favor do seu argumento, o movimento oliventino que busca, no mínimo, obter do Estado espanhol o reconhecimento ao direito dos oliventinos à sua identidade e língua é marcadamente de esquerda.

Ver aqui: www.alemguadiana.blogs.sapo.pt

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

guerra das laranjas já tinha sido escrito
e é hispano-franceses que espanar franceses é outra coisa ó Silva da presidência..

quanto ó alves dos reys é uma pentelhice falar-se de olivença ou das Falkland 200 anos depois das populações nativas terem sido aculturadas e miscigenadas...com os "ocupas"

Ayamonte foi tomada por Sancho II que nunca colonizou nem reconstruiu o castelo romano...que provavelmente serviu aos árabes
fez uma guerra de fossado nessa margem do guadiana logo apenas transferiu direitos de saque para o condado de Niebla...

resumindo:alves dos reys transferir a soberania de uma terra (cheia de gente que pouca afinidade tem com Portugal é ...republicano

mmhlig ciety.

Pepe7 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.