segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Revista de blogues (27/2/2012)

  • «(...) A semana passada, um grupo de líderes europeus, incluindo vários de pequenos países periféricos, assinou um documento sobre políticas de crescimento para a Europa. Nele, nada se lê que mereça grande entusiasmo. Até se aponta para o caminho da mesma desregulação económica que levou a Europa a este beco sem saída. Vale, no entanto, pelo gesto simbólico. Surge como um embrião de uma oposição à estratégia imperial de Angela Merkel. Nunca um governo que eu pudesse apoiar assinaria aquilo. Mas um governo de direita que não estivesse entretido a servir de capacho da Alemanha quereria estar naquele grupo "rebelde".

    Segundo fontes próximas do governo conservador inglês, Passos Coelho não terá sido contactado por "falta de sintonia" com as reservas à estratégia austeritária alemã (versão depois diplomaticamente desmentida - parece que não encontraram o número de telefone do nosso primeiro-ministro).
    Na realidade, o chefe do governo português poderia assinar aquele documento. A sintonia ideológica com grande parte das propostas existe. A razão pela qual não foi contactado é outra: ninguém fala com o mordomo quando quer discutir com o patrão. E é assim que Passos Coelho é visto: um homem sem opinião própria, pronto a aplaudir tudo o que o poder do momento disser. Ou, na melhor das hipóteses, o cobarde que se faz de morto à espera que a confusão passe. E é esta postura que, no País, tem merecido mais elogios: fazer o que nos mandam, esperar que o vento mude e tentar não dar nas vistas.

    Quando a correlação de forças mudar na Europa - e inevitavelmente acabará por mudar -, estou seguro que faremos o que temos feito sempre: estaremos, à última da hora e com a mesma ausência de sentido crítico de sempre, no novo comboio. (...)» (Daniel Oliveira)

1 comentário :

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

Grupos rebeldes só existem quando o senhor doutor nã dá uns trocos para a manif...

agente quer negociar mas só quer à bruta...damos uma cabeçada e boçês passam-nos un cheque

é a tática do cartão do multibanco
dás-nos o guito e agente não te come a gaija...

é uma técnica com muito bom futuro

geralmente faz-se em miradouros e baldios onde o pessoal vai protestar