terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Água encantada e contas no Parlamento

De alguma forma, vários deputados da Assembleia da República conseguem dar tantos «murros» e «pontapés» nas contas, sem sentir qualquer tipo de pudor, que conseguem chegar à magnífica conclusão de que a água da torneira acaba por ser «30 vezes mais cara» que a água engarrafada. E assim lá encontraram forma de rejeitar a água da torneira. Isto é a verdadeira definição de «contabilidade criativa».

Aliás, com tanta criatividade e falta de espírito crítico não deve ser difícil justificar todas e quaisquer mordomias alegando que acabam por poupar dinheiro ao erário público. Renovar a frota automóvel todos os anos para poupar em reparações, porque não?

Claro que o que me preocupa aqui não são os dois tostões que se poderiam poupar em água, ou mesmo no fim de mordomias desnecessárias. O que me preocupa verdadeiramente é que sejam aceites contas que ultrapassam os limites ou da desonestidade ou da incompetência. Porque a Assembleia da República agora pode estar entretida a discutir tostões, mas amanhã estará a discutir milhões - e já sabemos com que critérios, com que seriedade. E isso, não sendo completamente novo, é muito preocupante.




Sobre a falta de pudor inerente a todo o processo, sugiro vivamente a leitura deste texto, que resume tudo o que foi acontecendo. Não posso deixar de destacar esta parte:  «Em cena entra, de seguida, a Secretária-Geral da Assembleia da República, de seu nome Adelina Sá Carvalho [que, no parecer por si elaborado afirma] "não se pode assegurar no uso da água da torneira essa água 'bacteriologicamente pura' que se espera"»
O parecer em questão foi aprovado por unanimidade no «Conselho de Administração da Assembleia da República».

Do mesmo documento destaca-se o seguinte «qualquer retracção contratual terá (…) efeitos negativos na sustentabilidade das empresas» e a Assembleia da República deverá procurar «não contribuir» para a crise «que se instalou no país» uma admissão implícita de que o uso de água da torneira corresponderia a uma poupança na factura do Parlamento.

Sobre a forma como as contas estão mal feitas é importante contrastar o que consta no parecer mencionado - que seria preciso pessoal para encher, distribuir e lavar os jarros e também para os secar, o que justificaria o tal custo exorbitante - com o relatório dos serviços da Assembleia da República que refere que não se coloca qualquer problema de falta de pessoal. Na verdade existe uma capacidade instalada sub-aproveitada, pelo que o tempo de encher os jarros e colocá-los não representa um custo acrescido; se assim não fosse o tempo associado à distribuição e armazenamento das garrafas também teria de ser contabilizado. Assim se verifica que existe inconsistência e dados falsos, como inevitavelmente teriam de existir para chegar a uma conclusão tão absurda. Resta a questão: incompetência extraordinária, ou má fé e falta e pudor?

5 comentários :

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

eu cá estou mais impressionado com a força da maralha do técnico e agronomia e...etc

contra a maralha da clássica que cede cede...40 mil profes universitários e 20 mil auxiliares custa quantos milhares de milhões ao ano...e das centenas de agrónomos formados quantos é que vão trabalhar nos verdes campos dos ministérios ou das empresas que angariam subsídios...

isto já pra nã falar de uma data de engenhei rias du tico e teco

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

iágua a gente qwer é comidinha

fome como a de 77 em que havia suicídios por a horta ter secado
e o paraquato e o paratião serviam para matar a fome no Alentejo
(ao hospital de évora chegavam 3 tentativas por semana e ia-se um com sucesso depois de três ou 4 semanas de internamento assim tinha sido por causas naturais

(os registos tão lá valha-nos S.João Rodrigues o padroeiro do sulfato d'alumínio

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

és engenhêro hidráulica jã...

para tirar a água da retrete em jarros precisavam de 6 escravos

já as garrafas de água andam sozinhas

isté qué um discurse plítico

mjinhas...

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

e ó basco a iágua de Lisboa é uma merda
os de puta dos mesmo us do bloke

sã gente fina...jarras d'água é tã possidónio

já gastar milhares de euros a debater estas merdas é...alta plítica

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

miercuri, 22 februarie 2012
DA CRISE NA ÁGUAS ENGARRAFADAS DA POLÍTICA
O ENTHUSIASMO DYNASTICO DAS ÁGUAS DO LUSO

E OUTRAS QUE DO IMPÉRIO DE SINTRA E SYNES SOU SÁ FORAM

ÁGUAS EXTRAÍDAS À CUSTA DE MUITA COCA COLOMBIANA SEGUNDO ALGUNS

OU À FORÇA DE ESFORÇADOS ESCRAVOS COMPRADOS POR TUTA E MEYA

NAS GRANÍTICAS SERRAS SURPREHENDEU POR SER SUPERIOR

À DA CAPITAL DO REYNO A ALFACINHA D'ANTHENAS POSTA

TALVEZ POR ISSO A L.U.A.R QUERIA POUPAR AS GENTES DESSE FLAGELO

DINAMITANDO O AQUEDUTO QUE ROUBA A ÀGUA ÁS GENTES DO ZÊZERE

PORQUANTO O JUÍZO JÃ BASKISTA NÃ POSSA ELUCIDAR SOBRE ESTAS QUESTÕES DE ÁGUAS

HÁ PESSOAS MAIS ELUCIDADAS QUE SE OFERECEM PARA DOTAR OS DE PITA DOS

DE CARTUCHAME E FUZIL DE CHUMBO GROSSO

AFIM DE QUE CADA GRUPO DEFENDA O SEU CÓRREGO D'ÁGUA

AVES RARAS NÃ BEBEM IÁGUA IOÔ A BEM DA NAÇÃO BEBAM LEXÍVIA...

SEMPRE NOS FICA MAIS BARATO
Publicat da boa iágua faz-se vino
a martelame