A ideia de Cadilhe, exposta em 2006, e em relação à qual se ouvem agora uns burburinhos, de utilizar as reservas de ouro para promover uma série de rescisões amigáveis de funcionários públicos que possam não ser necessários, pode envolver uma mudança de algumas regras, mas é sem dúvida adequada à situação actual e às ferramentas que temos para lhe fazer face.
Sobre uma guerra extremamente perigosa
Há 5 horas
4 comentários :
mais ou menos: estamos a vender aviões velhos e desactualizados, não me parece que iremos receber muito por eles. não faria muito mais sentido vender os submarinos?
quanto às rescisões com funcionários públicos, penso que está por provar (ou provado errado) que os temos em excesso. mas mesmo que tivéssemos, e como indicado, as reservas de ouro pertencem ao BP e não própriamente ao estado (por exemplo, é impossível usá-las directamente para pagar dívida pública). se a europa está apostada em nos fazer a vida difícil, não vejo como fáceis essa alterações necessárias.
mais ainda, nem sequer tenho a certeza que veja essa venda como desejável: se pode haver altura em que as reservas de ouro vão ser absolutamente necessárias, será quando portugal se vir forçado a abandonar o euro. chegar lá já sem reservas seria mais um (dos muitos) tiro(s) nos pés.
Ricardo,
Posso fazer duas divisões do activo em duas categorias.
Activo sobrevalorizado, e activo subvalorizado.
Activo que corresponde a uma fonte de receitas, e activo que corresponde a uma fonte de despesas.
As empresas em «lista de espera» para privatização estão no pior dos dois mundos: estão sub-valorizadas, devido à actual crise mundial, em que existe pouca liquidez, e em que existe uma crise de confiança face à economia portuguesa. Além disso, constituem uma fonte de receitas.
O equipamento militar não estará propriamente sobrevalorizado, mas ao menos corresponde a uma fonte (negligenciável) de despesas, e não a uma fonte (significativa) de receitas.
O ouro não corresponde a uma fonte de despesas, mas neste momento está altamente valorizado - e precisamente pela mesma razão que é má altura para vender as empresas públicas é boa altura para vender o ouro. Antes que a «bolha» rebente.
De resto, a questão não é o número de funcionários públicos, em absoluto ser excessivo. É que mesmo que faltem funcionários nuns serviços, eles estão a mais noutros. O governo Sócrates tentou lidar com essa situação através da bolsa de excedentários, mas os tribunais travaram completamente a tentativa de alocar esses funcionários a outros serviços, pelo que, na situação problemática em que nos encontramos, a rescisão amigável é melhor alternativa do que pagar esses salários até ao fim da vida desses funcionários, com a vantagem acrescida de provavelmente ir injectar alguma liquidez na nossa economia, que bem precisa.
Se a UE deixa? É possível, mas quer deixe quer não deixe, parece-me que essa é uma saída bem menos danosa que a alienação de empresas públicas, vendidas ao desbarato. Pelo que se devia, pelo menos, lutar por essa possibilidade.
f-16 e já agora tanques e canhões auto propulsionados e ódespois os militares que já se auto-promoveram em 240 milhões e que limpam uns cobres em materiais de manutenção e munição
faziam o quê?
rezam as lendas que assaram um carneiro por menos
o ouro inda é capaz de aumentar
1000 milhões de chineses a 5 gramas por chinoca
dá 5mil tones e sem falar no mercado hindu
De resto, a questão não é o número de funcionários públicos, em absoluto ser excessivo.
700 mil funcionários a 15000 por ano em média
num pais com 3 milhões fora do estado a 8000 por ano em média
e com um desemprego fora das empresas estatais a aumentar diariamente
são demais e muito mal usados
aqui há 30 anos um tribunal de comarca tinha meia-dúzia de funcionários
hoje há alguns com mais de 500 e
5 a 7000 dias de baixa
juízes incluidos
o qué bom para quem seja arguido num processe
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