terça-feira, 28 de abril de 2009

Por uma frente de esquerda

Assinei a petição «Apelo à Convergência da Esquerda nas eleições para Lisboa». Tenho uma queda para o frentismo de esquerda e irrita-me o sectarismo de várias origens.

6 comentários :

zé gato disse...

acho péssimo para a esquerda. para além das diferenças ideológicas dos partidos, esta iniciativa só mostra o receio da esquerda pelo santana lopes.

acho que é um sinal de fraqueza desnecessário, pois não o estou a ver a ganhar.

Ricardo Alves disse...

A coligação de direita (PSD/CDS/PPM/MPT) é um sinal de fraqueza da direita? E de medo de António Costa?

zé gato disse...

"A coligação de direita (PSD/CDS/PPM/MPT) é um sinal de fraqueza da direita? E de medo de António Costa?"

sinceramente, acho que não. penso que resulta apenas da falta de figuras carismáticas e influentes desses partidos mais pequenos que não estejam comprometidos com outros deveres (e não esquecer que o cds nem um vereador elegeu nas últimas autárquicas). para além disso poucas são as diferenças ideológicas entre eles.

o be, por exemplo, tem muita força em lisboa e muitos candidatos que apelariam aos lisboetas, pelo que acho que só teria a perder ao transformar a campanha numa luta esquerda/direita. especialmente com estas sondagens. a cdu, apesar de um mais fraco apoio em lisboa, também perderia, também resultado das sondagens.

o único partido que ganha com essa coligação é o ps.

de qualquer forma ainda temos as europeias e as autárquicas pela frente, pelo que o jogo político ainda vai mudar bastante.

no name disse...

faz sentido quem não vota para a CML assinar?

Ricardo Alves disse...

Sim, Ricardo.

rui disse...

o frentismo esquerdista, por muito simpática que seja a ideia, é neste momento uma utopia.
Independentemente das intenções sinceras de alguns simpatizantes avulsos, para o pc e o bloco, o ps é neste momento o "inimigo principal".
E faz sentido. Só por uma questão de inércia histórica se pode hoje em dia admitir sequer a ideia da frente. A não ser em circunstâncias extraordinárias não faz sentido a unidade entre um partido democrático que tem desempenhado um papel fundamental na construção europeia e um partido anti europeista onde existem dúvidas sobre a natureza da coreia do norte e que não concebe convergências em que não tenha um papel hegemónico. O bloco, pelo seu lado, mais propenso a "unidades" com o PC, é um partido que evoluiu da extrema esquerda para uma espécie de "social democracia" virtuosa sem nunca ter clarificado a sua evolução ideológica, e que se arrisca a desagregar-se logo que ponha um pé no poder (veja-se a forma como lidou com Sá Fernandes). por muito absurdo que pareça, santana tem hipóteses de ganhar.