segunda-feira, 13 de abril de 2009

Europa em paz? (1)

Dizem-nos que a União Europeia é a grande fautora da paz no continente. Caso principal: a França e a Alemanha envolveram-se em três guerras entre 1870 e 1945, nas quais se pode dizer que a anterior causou a seguinte. No entanto, a paz entre a França e a Alemanha depois da 2ª guerra mundial deveu-se, muito prosaicamente, à guerra fria, que deixou esses dois países do mesmo lado da cortina de ferro. Com a queda desta e a reunificação da Alemanha, temeu-se que a velha animosidade voltasse. Mas, na realidade, as condições tinham mudado: nenhum dos dois velhos inimigos é, hoje, uma superpotência. A União Europeia permite o diálogo e a procura de equilíbrios, mas atribuir-lhe a paz é, neste caso, francamente exagerado. E assim, finalmente, a Europa é governada pelo «eixo», mas pelo eixo franco-alemão.





«Le Chant des Partisans» (1943): hino da resistência francesa à ocupação alemã.

4 comentários :

Anónimo disse...

O outro lado da moeda:

http://www.youtube.com/watch?v=PtTAinijJrU
o hino de VIchy

Anónimo disse...

No entanto, a paz entre a França e a Alemanha depois da 2ª guerra mundial deveu-se, muito prosaicamente, à guerra fria, que deixou esses dois(ou 3) países do mesmo lado da cortina de ferro.
Os 2 ficaram "inimigos" da DDR.

Zeca Portuga disse...

Stefano:

Lá está o stefano outra vez a meter os pés pelas mãos.

A “europa” (união europeia), é um espaço de mentira e falsidade. Trata-se de um embuste, feito em nome do “povo europeu”, mas em que o povo nada conta. Quem determina tudo é o mundo das finanças e dos interesses económicos. E, não é um espaço tão seguro como está a pensar. Aliás, a ideia de criar um exército europeu tem arrepiado muitos países, precisamente porque demonstra que estamos num lugar onde a paz sempre foi uma miragem.

Os mesmos que deram origem a duas guerras mundiais, foram os fundadores da CECA, depois da CEE (hoje UE). Não estamos no meio de gente séria, mas sim entre espertalhões: aquilo que Hitler não fez “pela lei da bala” pode ser feito “pela imposição da legal e submissão psicológica”. Estamos a falar de guerras, mas de guerras diferente.

Portugal, por exemplo, viu destruída a sua agricultura, a sua indústria, as suas empresas, o seu sistema financeiro, o seu exército, a sua cultura… etc, etc, tornou-se dependente de Bruxelas.
Hoje, se uma guerra assolasse a Europa, Portugal morreria de fome – produzimos apenas 15% daquilo que consumimos. Durante a II Guerra sobrevivemos “orgulhosamente sós”.

Quando a “união europeia” cair – acho que nenhum ente será tão palerma a ponto de achar que ele sobreviverá mais que a outra união que caiu (a união soviética) e nos escombros de quem se ergueu esta -, quando esta cair, o tombo será tanto maior quanto maior for o edifício…

O povo, palerma e ofuscado pela gigantesca máquina publicitária/propagandista ideológica do sistema, não vê isso.

O certo é que estes conseguiram que a Alemanha e França conquistassem aquilo que Hitler ou Napoleão tanto ambicionaram… e não conseguiriam.

Anónimo disse...

"A “europa” (união europeia), é um espaço de mentira e falsidade. Trata-se de um embuste, feito em nome do “povo europeu”, mas em que o povo nada conta. Quem determina tudo é o mundo das finanças e dos interesses económicos"

Engraçado... penso o mesmo da Igreja....