O efeito económico de reduzir feriados é duvidoso, mas é o equivalente passista de uma causa fracturante.
É duvidoso porque, entre mais dias de trabalho de um lado e menos dias de repouso motivante e consumo extraordinário do outro, a relevância do impacto na produtividade é imprevisível.
É uma fonte de divisão porque evidencia as fracturas entre laicos e clérigos, democratas e salazaristas, republicanos e tradicionalistas, esquerda e direita.
Assumo que todas essas dicotomias me interessam. E, no fundamental, o regime ainda é uma república (5 de Outubro) e uma democracia (25 de Abril). Todavia, enquanto durar o troikismo, é absurdo assinalar a restauração da independência, e o fim desse resquício fascista que é o 10 de Junho seria um alívio, com o bónus de nos poupar aos discursos bacocos do António Barreto.
Quanto aos feriados religiosos, a minoria católica praticante deve festejá-los como entender – mas tenho a fundada suspeita de que a vasta maioria, que não sabe (nem quer saber) como se celebra o corpo de quem não tem corpo ou a “ressurreição” de um imortal, preferiria mais quatro ou cinco dias de férias à sua escolha. Assim todos teríamos feriados: os católicos nos dias que a sua igreja escolhesse e os outros nos dias que cada um escolhesse. Sem imposições, que a ICAR não se mete em política e não impõe feriados. Acho eu.
1 comentário :
O efeito económico de reduzir feriados é nulo.
Num país só com desempregados e funcionários, é só fazer uma greve geral no dia em que o ex-feriado coincidir com uma ponte.
Para o ano somos nós que damos 7 greves gerais para cada greve geral grega
Ora a 200 milhões por greve geral
com 49 greves gerais já nem precisamos de pagar a dívida
é a dívida que nos paga a nós
150% de perdão da dívida já...
eu quero ver se vou às Seis Shell's
inda cum eurros
que para ir com escudos
Só ia o Sô Ares
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