Tem faltado à crise actual um elemento para duvidar seriamente do futuro da democracia na Europa: a subida dos partidos dos extremos.
Na Grécia, no momento em que o governo dos tecnocratas tomou posse, a «esquerda radical» tem realmente uma subida assinalável: atinge os cerca de 34% de intenções de voto numa sondagem. É muito (para a Grécia, não o seria para o Chipre), e reflecte principalmente o descrédito do PASOK, que cai para 19.5% (-24% relativamente às eleições de 2009). Como, ainda mais do que em Portugal, os partidos à sua esquerda estão muito divididos (quatro facções: comunistas, BE em grego, dissidentes do BE e ecologistas), o PASOK, de qualquer modo, permaneceria o segundo maior partido se se realizassem eleições.
Significativamente, a mesma sondagem dá uma queda aos conservadores (28.5%, -5%), presumivelmente a favor da extrema-direita (8.5%, +3%).
Tudo isto mostra, no país mais avançado na crise, um emagrecimento dos partidos do «bloco central». Mas não mostra uma alternativa a formar-se.
Significativamente, a mesma sondagem dá uma queda aos conservadores (28.5%, -5%), presumivelmente a favor da extrema-direita (8.5%, +3%).
Tudo isto mostra, no país mais avançado na crise, um emagrecimento dos partidos do «bloco central». Mas não mostra uma alternativa a formar-se.
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