Volta e meia leio a coluna do Pulido Valente no Público. Raras vezes, já que nunca leio o Público (que considero um jornal repugnantemente estúpido e reaccionário). Mas esta semana li dois textos dele. O primeiro era divertidíssimo, sobre os zelotas anti-tabaco. Depois dum jantar numa esplanada à beira duma falésia, longe das outras mesas todas, VPV e a mulher acenderam uma cigarrilha cada um e foram imediatamente insultados por um americano, a espumar de ódio, que lhes disse que esperava que eles morressem de morte lenta a dolorosa. E eu aposto que o energúmeno tem um SUV e deixa o motor ligado e o ar condicionado no máximo quando vai ao supermercado. O segundo texto era contra
a atribuição do Nobel a Obama e enumerava todas as coisas que ele não fez, oito meses depois de ter sido eleito. VPV é um historiador competente e inteligente e devia saber que Obama sózinho não pode fazer nada e que os congressistas e senadores do Partido Democrata - uns porque são são corruptos e amorais, outros porque são racistas e outros porque são criminosamente estúpidos - lhe têm tirado o tapete todos os dias.
Claro que estamos todos frustrados com os fracassos desta administração. Mas acho injusto culpá-lo por tudo o que acontece num país em que 100 milhões de pessoas são como o homenzinho que o abordou por causa do tabaco, ou seja, ainda não estão preparados para aceitar as ideias da "Idade da Razão".
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