domingo, 25 de outubro de 2009

O dilema do historiador - III

Por outro lado, José Matias pode pensar assim:

«Os textos descrevem factos que parecem impossíveis à luz da ciência. Tanto quanto sabemos é impossível que alguém consiga recuperar um braço que perdeu anos antes. Muito menos com a ciência e tecnologia presentes vários séculos atrás.

No entanto, os textos não alegam que o fenómeno ocorrido tenha sido um fenómeno natural. Pelo contrário, os textos sugerem que se tratou de magia, a qual viola as leis naturais.

Mas existirá magia? Não cabe à história responder a essa pergunta. Pode existir magia ou não, depende das convicções de cada um. E como a plausibilidade dos relatos depende da possibilidade de existir magia - a qual está fora do domínio da ciência em geral e da história em particular - saber se Tui recuperou o braço ou não também está fora do domínio da história.

É uma pergunta interessante sobre a qual a história não tem nada a dizer. Depende da convicção de cada um.»

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