sábado, 31 de dezembro de 2011

Revista de imprensa (31/12/2011)

  • «(...) A segunda lição do ano é para o PS. Como todos os partidos de centro-esquerda no poder quando a crise do euro levou a UE a mudar radicalmente a orientação das políticas, do hiper-investimento que foi a sua reacção ao crash financeiro mundial para a austeridade e a obsessão com os défices e as dívidas, cometeu o erro de não exprimir o seu desacordo e de não procurar dentro da União parceiros nessa oposição. Assumir as medidas de austeridade como suas e até como boas foi uma ingenuidade voluntarista que pagou, à bruta, nas urnas.
    Terceira: parece que já se pode concluir com toda a certeza que, ao contrário do que BE e PCP tanto repetiram, o PS no governo não é igual ao PSD e ao PP. Pena que toda a gente, mesmo a que já suspeitava, tenha de pagar, e com língua de palmo, a aula prática. E que quem mais precisasse de a aprender dê mostras de ainda não ter percebido, o que - quarta lição - nos diz que jamais o BE e o PCP viabilizarão governos de esquerda, criando espaço (vide os 40% de abstenção nas legislativas) para uma nova força política, capaz de alianças com o PS.

1 comentário :

José Gonçalves Cravinho disse...

Pois se o BE é adversário do PCP, isto só demonstra que a Esquerda está muito desunida e um acôrdo com o PS é impossível dado que êle usa o rótulo de socialista,quando afinal é social democrata e no Govêrno executa a Política liberal ditada de Bruxelas e é apoiante da Horda mercenária da Nato e de suas guerras de rapina.Àlém do mais há em Portugal uma dezena de Partidos Políticos o que quer dizer que o Povo está muito desunido para gôzo da Direita tanto a reaccionária e conservadora e até fascista,como a do Liberalismo selvagem onde domina o «salve-se quem puder».