- «O referendo que aí vem não se destina a aprovar a IVG, pretende apenas descriminalizar o acto. A eventual vitória do SIM não incentiva ou promove o recurso à IVG, apenas modifica a lei, a fim de evitar que as mulheres sejam empurradas para a clandestinidade do vão de escada, com risco da própria vida e de perseguições policiais. (...) O que está em causa não é a posição ética sobre a interrupção voluntária da gravidez, até às dez semanas, é saber quem renuncia, ou não, à perseguição das mulheres, quem quer vê-las na cadeia, quem pretende juntar ao trauma da IVG a punição da enxovia.» («O referendo e a IVG», no Ponte Europa.)
- «Os meus filhos (têm 5 anos) uma vez no infantário disseram que deus não existe, e uma educadora disse-lhes para não dizerem disparates. Quando foram entregar brinquedos à igreja, agora pelo natal, o padre fê-los cantar uma canção de Jesus, deu-lhes um longo sermão a dizer que dar brinquedos aos pobres é o mesmo que dá-los a Jesus (mas não explicou o que um deus todo poderoso vai fazer com brinquedos em segunda mão), e no fim tiveram todos que beijar um boneco do menino nas palhinhas. Além de pouco higiénica, esta idolatria não respeita os não crentes. Os católicos não respeitam os não crentes da mesma forma como respeitam os crentes. Estou certo que se os meus filhos fossem hindus ou muçulmanos a educadora não tinha dito que Vishnu ou Allah era disparate, nem os tinham posto a beijar o boneco.» («Monstruosa obsessão», no Que Treta!.)
Sobre uma guerra extremamente perigosa
Há 10 horas
1 comentário :
Ricardo:
Um Bom Ano.
A luta continua em 2007
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