segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Leituras recomendadas (15/1/2007)

  1. «Não, não vou repetir as minhas queixas pela campanha diária pelo Não do Padre Borga nas manhãs da RTP1 ou da campanha igualmente diária da ICAR nas tardes da RTP2. É mesmo do Jornal da Tarde que vos falo. Na 5ª feira houve apenas espaço para o Não, uma conferência de uma qualquer sotaina em campanha por Vale de Cambra valeu uma notícia, no Sim nada lhes importou (...) "referendo ao aborto" não pode ser tolerado como um resumo de "referendo à despenalização da IVG". Não é a mesma coisa. Dizer "referendo ao aborto" é entrar na lógica do Não. Não é jornalismo, é distorção e manipulação. Tal como falar em "movimentos contra e a favor do aborto", já perdi a conta às vezes que ouvi isto na RTP! E como se não bastasse usam um feto de não sei quantos meses como grafismo para o tema, ao invés de um isentíssimo boletim de voto ou martelo da justiça, ou seja, aquilo que afinal se discute.» («RTP: jornalismo abortado», no Renas e Veados.)
  2. «[José Policarpo] afirma que que o preservativo e a pílula do dia seguinte resultaram na diminuição do "aborto de vão de escada", que designa de drama. Vejo que já considera esses métodos vantajosos, pois que evitam o tal drama. Declara também que, com esses métodos, a decisão de abortar pertence ao "campo da liberdade pessoal e da consciência". Trata-se de posições bastante mais avançadas do que as de outros elementos da Igreja que integra. (...) Tomar a pílula do dia seguinte não é abortar? (...) Não será o seu "não" profundamente contraditório? (...) Como é que se exerce essa "liberdade pessoal" se a mulher que aborta "é punida com pena de prisão até três anos" (artigo 140.º do Código Penal)? (...) E como é que sabe que foram dadas semelhantes instruções à PJ?» («Carta a José Policarpo», no Diário de Notícias.)

2 comentários :

Anónimo disse...

aborto intelectual é o que as campanhas do sim e do não andam a fazer. Verborreia mental chamo ao lixo palavrático que se gera à volta do assunto e que não adianta nada.
Só me resta brincar e rir, sempre retiro alguma utilidade do tema

David Cameira disse...

Bem eu julgo que e de simples explicação q , segundo as proprias palavras do Cardeal Patriaraca de Lisboa, a liberdade exerce-se para pecar e para praticar actos de santidade

O aborto é pecado mas pecar , ou nao , pertence á consciencia de cada uma