A «esquerda» tem três candidatos ganhadores possíveis para a eleição presidencial de Janeiro de 2006: António Guterres (que parece não querer concorrer), Mário Soares (que já passou dos 80 anos) e Freitas do Amaral que, ironia das ironias, esteve próximo de ser o único presidente de direita eleito durante o actual regime democrático.
Incluo Freitas do Amaral porque se tem deslocado consistentemente para a esquerda. Tem, por exemplo, uma atitude mais aberta do que Guterres na questão do aborto, e militou contra a guerra no Iraque. Se fosse o candidato da esquerda em 2006, seria uma daquelas extravagâncias que daqui por um século pareceria inexplicável aos historiadores que estudassem a sua biografia.
António Guterres seria o candidato natural, mas abandonou o Governo por razões que não quis explicar bem, e que, vistas à distância, parecem relevar de uma falha de ânimo psicológico imperdoável em política.
Tudo somado, o menos mau ainda é Mário Soares.
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