domingo, 24 de junho de 2012

Deriva de direita em caras

Há algum tempo atrás mostrei um conjunto de imagens que ilustravam a deriva de direita que tem ocorrido em Portugal no que diz respeito aos programas dos partidos políticos com assento parlamentar (Deriva de direita em imagens, Deriva de direita em imagens - parte II, e o texto mais recente, tendo em conta sugestões e melhoramentos: Deriva de direita em imagens - parte III). No contexto dessas imagens, o Miguel Carvalho sugeriu que fizesse uma imagem análoga relativa a políticos conhecidos, ao invés de partidos.

Como a ideia me pareceu bastante interessante, meti mãos à obra. Escolhi apenas pessoas que já estavam envolvidas no mundo político em 1977 (o que exclui grande parte dos membros do actual Governo, incluindo o próprio primeiro-ministro), e que ainda estão vivas. Na verdade, a deriva seria mais acentuada se não fossem estas exclusões (e talvez nenhuma das categorias estivesse vazia...).

Sem mais demoras, aqui fica a imagem:


As diferenças nos tamanhos das figuras são meramente acidentais. As pessoas representadas são, para a primeira linha da esquerda para a direita, as seguintes: Durão Barroso, Francisco Louçã, Garcia Pereira, Carlos Carvalhas, Zita Seabra, Manuel Alegre, Jorge Sampaio, Victor Constâncio, Paulo Portas, Pacheco Pereira, Marcelo Rebelo de Sousa, Helena Roseta, e Basílio Horta.

10 comentários :

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

diz-se deriva con ti nem tal ou deriva con tigo só mental?
bolas meu tens de pedir lítio emprestado a alguém
lambe pegmatitos litiníferos talvez ajude

salvem o jão pirou de vez...
pronto eu sei que já nasceu assis mas ...talvez uma marretada nos cornos dado por uma mão amiga

talvez o krippahl pudesse mas esses nacional sucia listas alemães acreditam no extermínio das bocas inúteis

con ti nuas desempregado ou isto é o que fazes com o dinheiro=tempo da bolsa

tempo=dinheiro*c....ao quadrado

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

gostei particularmente da ordem dos arquitectos no centro tal e o fascismo está vazio pá?
atão o jãbaskismus nã é uma corrente neofascista?
é abrutalhada tem perfil romano e adopta a pose rodiniana logo pelo menos dá pra irredentista né?

cabes lá tu e mais uns milhares...é verdade em 1977 ainda não tinhas nascido...foi uma vantagem dos anos 70
serem jãbaskus free...

Miguel Madeira disse...

Diga-se que se calhar não seria difícil encontrar caras fascistas de 77 atualmente na "direita" ou no "centro-direita" (mas, por qualquer razão as ex-militancias no MRPP ou no PCP(ml) parece que ficam mais na memória do que as ex-militâncias na "Ordem Nova" ou no "Movimento Nacionalista").

e o JPP já seria social-democrata em 1977 (embora o ano exacto exacto não é provavelmente o mais relevante aqui)?

Ricardo Alves disse...

Também tenho dúvidas quanto ao JPP. Ele diz que deixou de ser maoísta em 1975(?). Mas na viragem para os 80 era «esquerda liberal». «Social democrata» acho que nunca se disse. E deixou de dizer-se de esquerda lá para meados dos anos 80.

E acho que não concordo com o Basílio Horta. Sempre foi das personalidades mais à direita do CDS (exemplo: a campanha eleitoral de 1991). É um caso de quem evoluiu da direita (onde estava em 1977 e creio que até 2001) para o centro. Como o Freitas do Amaral, aliás.

Ricardo Alves disse...

Sim, curiosamente não se menciona o passado claramente fascista de um Teixeira Pinto ou de um Nuno Rogeiro (entre outros) com a mesma facilidade com que se fala do passado de extrema-esquerda de uma série de personagens.

Ide levar no déficite ide disse...

bolas insultar o Freitas do Amaral é feio...

se bem me lembro o Rolão Preto já tinha morrido e o António Sardinha também

logo o António Ferro que não era fascista mas tinha uns tiques, pode ter passado uns pozinhos à Ritta Ferro.....

tirando isso tirando a Armanda falcão de trotski na versão tengarrinha
e Vera Lagoa na versão spínola

e quiçá o nuno dos rogeiros acho que nã havia correntes fascistas em 77...
ex-militâncias na "Ordem Nova" ou no "Movimento Nacionalista")....quanto muito nacional-porreiristas já que de socialistas tinham pouco

nem sequer eram grupos corporativistas com excepção do cónego melo e outros migos das crianças

e falta o movimento "reconquista" e o Guimarães comunista free
um movimento irredentista que expulsava dos campos (de campismo) o pessoal dos desertos da margem sul à pedrada e paulada se bem me lembro Agosto de 1975 acho que dia 24?

esse pode considerar-se um movimento proto-fascista paleolítico?

Ide levar no déficite ide disse...

É um caso de quem evoluiu da direita...bolas meu involuiu?
até assassinas a grammática

e já agora o Mota Pinto e os outros caídos pelo nacional-porreirismo?

iste de classificar em porções é esquecer

o pessoal que passou do aparelho do estado novo para os partidos

e nem é o veiga simão mas a arraia miúda que estava em câmaras e juntas e continuou à sombra dos novos poderes

o Socratismo é o centro?
atão Freitas foi mais esquerdista

Ide levar no déficite ide disse...

Segunda-feira, Junho 25, 2012 10:50:00 AM

Sim, curiosamente não se menciona o passado claramente fascista de um Teixeira Pinto ou de um Nuno Rogeiro (entre outros) com a mesma facilidade com que se fala do passado de extrema-esquerda de uma série de personagens.
União Bankária e Fiscal ou o fim das Uniões?Segunda-feira, Junho 25, 2012 10:54:00 AM...há qualquer cousa mal com o relogio aqui.....

antigos reitores de lyceu e pessoal fortemente ligado ao regime em Angola que passou a ser apparatchik cique do PS em 76 77 e ocupava altos cargos no funcionalismo durante os anos 80 e 90....
mas dizer que foram reitores e chefes de gabinete e chamar-lhes de índole fascizóide é feyo mariano....

Ide levar no déficite ide disse...

ou o Gomes que extinguiu o seu partido para não cair nas mãos da Igreja universal do reyno de deus, já tinha passado por essa altura do marxismo para o polpotismo puro e duro...
que é a extrema extrema esquerda

e a igreja universal y seu partido humanista com trânsfugas do PRD calha adonde

e o PRD e seus fascizóides de gema ficam onde

João Vasco disse...

Miguel e Ricardo,

Bom, estou a ver que esta série vai pelo mesmo caminho da outra, i.e. vai ter várias versões à medida que os comentadores vão dando contributos.

Sobre o Pacheco Pereira tinha realmente a noção que tinha abandonado a esquerda radical em 1975. Embora o ano exacto não seja o mais importante, tomei-o por referência e quis minimizar a subjectividade na colocação de categorias ao máximo, mas nem dei conta que simplesmente assumi que ele tinha passado da esquerda radical para a social-democracia. Bom, na próxima imagem isso vai ser alterado.

Quanto aos exemplos que foram dados de «ex-fascistas», o Nuno Rogeiro não corresponde bem ao perfil dos restantes, que já desempenharam algum cargo político ou foram a eleições, mas o Paulo Teixeira Pinto é uma boa sugestão de inclusão. Têm outras?

Sobre o Basílio Horta, vou colocá-lo no «centro-direita» em 1977.