sexta-feira, 7 de julho de 2006

Um ano depois das bombas de Londres, a Al-Qaeda assume a autoria dos atentados

Foi ontem divulgado um vídeo em que aparece Shehzad Tanweer (o bombista originário de Leeds) ameaçando que «o que acabaram de testemunhar» (o ataque em que ele morreu) «foi o primeiro de uma série de ataques». Pede a retirada das tropas no Afeganistão e no Iraque como condição para o fim das acções terroristas. No mesmo vídeo, Al-Zawahiri afirma que Sidique Khan e Shehzad Tanweer foram treinados no uso de explosivos em campos da Al-Qaeda. A viagem de ambos ao Paquistão, sete meses antes dos ataques, sempre foi causa para especulações.
Entretanto, uma sondagem mostra que 81% dos muçulmanos britânicos se vêem primeiramente como muçulmanos, enquanto apenas 7% se vêem primeiro como britânicos. Na França, as percentagens correspondentes são 46% e 42%.

5 comentários :

cãorafeiro disse...

Na França, as percentagens correspondentes são 46% e 42%.

mais uma prova de que o modelo de integração francês, apesar de uma série de deficiências, É MUITO MELHOR QUE O BRITÂNICO.

mais outra prova: olhemos para a selecção francesa e para a inglesa de futebol...

Ricardo Alves disse...

«Cãorafeiro»,
quanto ao fundo da questão (modelo francês versus britânico), de acordo.
Mas quanto ao futebol, lê isto:

http://www.liberation.fr/actualite/societe/191955.FR.php

Ou isto:
http://www.liberation.fr/actualite/societe/191959.FR.php

Mas notar sobretudo como o jornalismo francês não esconde as questões sociais por baixo do carnaval futeboleiro...

João Vasco disse...

Este artigo contraria um pouco o da Palmira hoje no DA...

cãorafeiro disse...

ricardo, quando dei o exemplo,estava consciente das questões que os artigos referem.

simplesmente, quantos jogadores turcos tem a selecção alemã? quantos jogadores de origem não europeia tem a selecção inglesa? holandesa? belga? espanhola?

a França, mesmo com gravíssimos problemas socias que estão escondidos sob a aparência de problemas de integração de minorias, integra muito melhor que os outros países europeus.

não integra be, em termos absolutos. mas integra melhor que os outros, e absorve muito melhor que os outros elementosdas culturas de origem dos seus cidadãos. tem a ver com uma tendência histórica.

isto está em regressão, porque não há comunidade que aguente tanta pressão. mas mesmo assim a situação noutros países é muito pior, embora provavelmente menos visível.

e já agora, eu não sou maluquinha da bola, apenas acho o futebol um excelente barómetro social, para perceber certas coisas.

Ricardo Alves disse...

«Cãorafeiro»,
ao nível das selecções nacionais de futebol, a grande excepção é a Alemanha, que joga com uma equipa «racialmente pura». O que mostra a lei da nacionalidade absurda e quase racista que lá têm, e que só há meia dúzia de anos foi alterada...