Há alguns dias atrás as suspeitas relativas a todo o processo de privatização da EDP foram reacendidas (através desta notícia do Público) por aquilo que aparentava ser um perfeito do exemplo de nepotismo: «A Fundação EDP contratou uma funcionária para a secção de arte que é
sobrinha-neta de Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral e de
Supervisão da EDP. A nomeação está a causar desconforto entre sectores
do grupo EDP que não poupam Catroga nem o administrador executivo da
fundação que tem sido também o seu rosto público, Sérgio Figueiredo.»
Enfim, o caso não parece ser da maior importância, e há exemplos mais descarados de nepotismo. Mas é mais um exemplo, e recorda a falta de transparência no mencionado processo de privatização, esse sim um escândalo de enormes proporções.
Também no que diz respeito a nomeações, vale a pena tomar atenção a esta reportagem da RTP1: «A Ordem e os sindicatos dos Médicos acusam o Governo de nomear elementos dos partidos da maioria PSD/CDS para a direção dos agrupamentos de centros de saúde do Norte. Os organismos dizem que os onze nomeados não têm experiência na área da saúde como a lei obriga. Já a Administração Regional de Saúde diz que cumprem outros critérios e lembra que serem do PSD e do CDS não é argumento de exclusão.»
Se virem o vídeo da reportagem, encontrarão as declarações de Castanheira Nunes a desmentir a Ordem dos Médicos e o Sindicato, alegando que têm experiência sim, desde a «integração na comunidade» à «capacidade de diálogo». Não admite uma preferência pelos militantes dos partidos da coligação (alegando confiança política, ou algo do tipo), preferindo ao invés fazer-nos acreditar que foi coincidência que todos os escolhidos fossem militantes destes partidos.
E que coincidência essa! Sejamos muito generosos e imaginemos que uma em cada quatro pessoas com igual grau de competências e vontade de desempenhar tais cargos tem cartão de militante destes partidos. Neste caso, a probabilidade de que a escolha tenha recaído completamente sobre tais militantes nos 11 lugares disponíveis, sem favorecimentos, é inferior a 0.000024%.
Castanheira Nunes mente com todos os dentes que tem.
É evidente que esta notícia justifica uma actualização da «Compilação do despesismo e corrupção».
Enfim, o caso não parece ser da maior importância, e há exemplos mais descarados de nepotismo. Mas é mais um exemplo, e recorda a falta de transparência no mencionado processo de privatização, esse sim um escândalo de enormes proporções.
Também no que diz respeito a nomeações, vale a pena tomar atenção a esta reportagem da RTP1: «A Ordem e os sindicatos dos Médicos acusam o Governo de nomear elementos dos partidos da maioria PSD/CDS para a direção dos agrupamentos de centros de saúde do Norte. Os organismos dizem que os onze nomeados não têm experiência na área da saúde como a lei obriga. Já a Administração Regional de Saúde diz que cumprem outros critérios e lembra que serem do PSD e do CDS não é argumento de exclusão.»
Se virem o vídeo da reportagem, encontrarão as declarações de Castanheira Nunes a desmentir a Ordem dos Médicos e o Sindicato, alegando que têm experiência sim, desde a «integração na comunidade» à «capacidade de diálogo». Não admite uma preferência pelos militantes dos partidos da coligação (alegando confiança política, ou algo do tipo), preferindo ao invés fazer-nos acreditar que foi coincidência que todos os escolhidos fossem militantes destes partidos.
E que coincidência essa! Sejamos muito generosos e imaginemos que uma em cada quatro pessoas com igual grau de competências e vontade de desempenhar tais cargos tem cartão de militante destes partidos. Neste caso, a probabilidade de que a escolha tenha recaído completamente sobre tais militantes nos 11 lugares disponíveis, sem favorecimentos, é inferior a 0.000024%.
Castanheira Nunes mente com todos os dentes que tem.
É evidente que esta notícia justifica uma actualização da «Compilação do despesismo e corrupção».
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