- «(...) Cavaco não morreu politicamente com o episódio das escutas, o BPN ou o seu desastroso discurso de vitória. A maioria dos portugueses nem deu por isso. Cavaco morreu quando disse, na televisão, que não sabia como iria pagar as suas despesas com uma reforma de 1.700 euros (que na realidade é de 10 mil, que, por mais que muitos se espantem, nem é muito quando comparamos com a elite de que tenho estado aqui a falar). Não se trata de saber se a sua reforma é alta ou baixa. Trata-se de, com esta frase, Cavaco ter insultado todos os que, vivendo com quase nada, se mantêm teimosamente calados. (...)» (Daniel Oliveira)
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Revista de blogues (11/7/2012)
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5 comentários :
Isto é muito verdade, e muito triste. O BPN e o episódio das escutas revelaram problemas graves e substanciais, e uma gafe, mesmo que possa revelar uma certa insensibilidade, não passa de uma gafe.
É uma tristeza que tenha sido esse o episódio que verdadeiramente escandalizou as mesmas pessoas que ficaram indiferentes aos outros.
Com o Relvas é a mesma coisa: ele ameaçou e censurou programas, mas é a porcaria da licenciatura que escandaliza as pessoas. Custa-me a perceber isto.
A "gaffe" do Cavaco não revela apenas uma certa insensibilidade. Revela uma completa falta de noção. O homem já foi Primeiro Ministro numa altura em que Portugal era mais pobre do que é hoje.
Essa gaffe foi uma tentativa populista, falhada, de Cavaco se relacionar com os portugueses. E essa pretensão foi extremamente insultuosa para os portugueses.
Revela um completo desconhecimento das dificuldades das pessoas, um completo desconhecimento da sensibilidade dos portugueses a esse tipo de declarações e ainda para mais uma falta de pudor (e de jeito) em ocultar os seus próprios rendimentos. Portanto mostra que Cavaco não faz a menor ideia do esforço dos portugueses, não faz a menor ideia da sua forma de pensar, é um péssimo político e um falso!
Não é "apenas uma gaffe". Gaffe foi o Mário Soares baralhar os nomes dos candidatos à presidência.
Por outro lado, o tempo que se perde em comissões de inquéritos cuja utilidade os portugueses questionam, é também motivo de desinteresse.
E creio que a ideia, mais ou menos correcta, de uma certa polarização política dos media leva a generalidade dos portugueses a ignorar as acusações de pressões e tentativa de manipulação.
Já a suspeita de receber um diploma por tabela, insulta o esforço dos portugueses que estudaram anos, pagaram propinas elevadas e não conseguem emprego.
Foi exactamente o mesmo com o Sócrates: TVI e licenciatura. Quase ninguém quis saber das alegadas pressões sobre a TVI, mas a licenciatura ofendeu os portugueses.
O que é realmente triste é os nossos deputados andarem preocupados a ajustar contas e não em fazer justiça...
De acordo em tudo, Francisco!
bolas nenhum de boçês con segue em pregos
o titio suarez dantes dava dos grandes
a licenciosidade atura ó fendeu us putogoeses ó burn away?
os 5 milhões e tal que têm o 10º ou a 4ª classe
ou os 2 milhões que vão a caminho de nunca ter uma unibersidade ao estylo da telescola?
o qué realmente triste é boçês serem uns trastes
não ofendendo os trastes claro
que um diploma tirado como tantos outros insulte alguém
quando os milhares de desmandos e roubos de pequena e grande escala nunca tenham ofendido ninguém salvo o de 2 gravadores
issé qué preo cu ocupante
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