O Público tem um artigo sobre furtos de obras de arte, que supostamente estão a aumentar. Pelo menos estão a aumentar em valor. Eu acho este assunto fascinante, porque justamente o mundo da arte é o mundo das pessoas que mandam no mundo, que estão acima da lei. Quem leu os livros de Peter Watson ("Sotheby's: The Inside Story" ou "The Medici Conspiracy", por exemplo) percebe o que eu quero dizer. Os colecionadores de arte são uma élite cada vez mais poderosa que tem cada vez mais políticos nos bolsos e faz, cada vez mais, o que lhe apetece.
Quando há oito meses a polícia francesa entrou no
Institut Wildenstein e encontrou 30 obras declaradas roubadas ou desaparecidas, ninguém pestanejou. No mês passado Guy Wildenstein foi formalmente acusado de possessão de obras de arte roubadas. Em sua defesa alegou que o Instituto - cuja missão é investigar as obras de arte - não tinha um inventário das obras que estavam no cofre. Daqui a seis meses os advogados tiram-no de apuros e não se fala mais nisto.
Como Strauss-Kahn. A Lei não se aplica aos ricos.
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