sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um Presidente, um governo, uma maioria... e ainda um tal de António Barreto

  • «(...) a adequação, à sociedade presente, desta Constituição anacrónica, barroca e excessivamente programática afigura-se indispensável. Se tantos a invocam, se tantos a ela se referem, se tantos dela se queixam, é porque realmente está desajustada e corre o risco de ser factor de afastamento e de divisão. Ou então é letra morta, triste consolação. Uma nova Constituição, ou uma Constituição renovada, implica um novo sistema eleitoral, com o qual se estabeleçam condições de confiança, de lealdade e de responsabilidade, hoje pouco frequentes na nossa vida política. Uma nova Constituição implica um reexame das relações entre os grandes órgãos de soberania, actualmente de muito confusa configuração. Uma Constituição renovada permitirá pôr termo à permanente ameaça de governos minoritários e de Parlamentos instáveis. Uma Constituição renovada será ainda, finalmente, o ponto de partida para uma profunda reforma da Justiça portuguesa, que é actualmente uma das fontes de perigos maiores para a democracia (...)» (António Barreto no seu discurso de 10 de Junho)

3 comentários :

Anónimo disse...

O António Barreto agora é o cavalo de Tróia da Constituição a convite daquele que devia protegê-la?

Ricardo Alves disse...

O 10 de Junho transformou-se no dia da direita nacional.

Troia Beach disse...

Independentemente dos interesses genuínos da esquerda ou da direita, a constituição necessita de ser urgentemente ajustada à realidade actual e futura. Os sucessivos governos têm falhado sistematicamente sob o espírito - e na aplicação - da actual Carta Magna, lamentavelmente a situação a que o país chegou é disso mesmo uma prova viva, mas não só. O liberalismo (incluindo algum PS) não se conforma, daí a inevitabilidade. O Barreto no 10 de Junho foi tão só a circunstância no evento. O romantismo já era!