quinta-feira, 2 de junho de 2011

Revista de blogues (2/6/2011)

  • «Será que um ateu, que abomina o catolicismo e os seus hediondos crimes ao longo da História da Humanidade, devia ser obrigado a dar uma Aula de Substituição de Educação Moral e Religiosa Católica?
    Mais uma vez, aconteceu hoje. E era suposto eu dizer o quê durante a aula? Que abomino tudo aquilo que é o tema da disciplina? Que não acredito em nada do que o professor deles lhes disse ao longo do ano lectivo? Que aquela disciplina não faz qualquer sentido na Escola Pública de um Estado laico? Que estar ali é a mesma coisa que obrigar um médico a eutanasiar alguém ou a praticar um aborto contra a sua vontade? Que me recuso a dizer seja o que for por motivos de objecção de consciência?» (Ricardo Santos Pinto)

3 comentários :

Miguel Carvalho disse...

Eu adoraria ter estado neste papel. É muito fácil fazer várias perguntas, nada ofensivas e perfeitamente dentro do âmbito da cadeira, que poriam aquela gente a pensar:

- por que devemos acreditar no deus católico e não no judeu/muçulmano?
- por que devemos ser católicos e não luteranos?
- como podemos mostrar que só existe um deus e não vários?
- o que significa a santíssima trindade?
- por que é que a bíblia, que é infalível, tem tanta contradição e erros históricos e científicos?

e a lista não acaba.

Faria as perguntas sem cinismo, e sempre promovendo uma resposta positiva (do ponto de vista católico) a essas perguntas.
Ora.... como não há resposta para elas... ia ser interessante.

Ricardo Alves disse...

Miguel,

estou em crer que todas essas perguntas têm resposta na catequese católica. Embora nunca a tenha frequentado, já li o suficiente sobre a doutrina católica para prever que as respostas seriam:

- o deus é o mesmo, mas o modo de adorar católico é que é o correcto;
- porque os luteranos não aceitam a autoridade da Santa Madre Igreja;
- adorar vários deuses é idolatria, logo só há um;
- o pai, o filho e a pomba;
- a Bíblia é para os padres lerem e explicarem aos católicos; não se deve formar opinião própria sobre a Bíblia, mas sim adoptar a opinião da autoridade eclesial.

Como vês, todas têm resposta. ;)

Miguel Carvalho disse...

Claro que o catecismo tem resposta para isto e para mil outras diferentes.

Eu gostaria era de pôr os putos a responder pelas próprias palavras, tipo "escrevam uma redação", a estas perguntas. Duvido que soubessem a resposta oficial, e duvido que soubessem responder o que quer que fosse.

E a ideia era essa, leva-los à conclusão que não tinham resposta.