segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mulher agredida por não usar véu islâmico

Uma marroquina residente em Espanha foi agredida por não usar o véu islâmico. A agressão foi de tal violência que parece ter-lhe provocado um aborto.
Talvez seja por desconhecerem a existência de casos como este que muitos insistem em afirmar que o véu é uma «mera peça de roupa», e que os franceses foram horrorosamente totalitários em proibi-lo na escola pública.

5 comentários :

Filipe Castro disse...

Eu aplaudi a proibição dos símbolos religiosos nas escolas francesas e considero-me um ateu caceteiro e primário. Mas acho, cada vez mais, que o véu é uma data de coisas diferentes, entre elas um objecto de opressão repugnante. O selvagem que agrediu esta mulher devia ser condenado por um crime de ódio e os crimes de ódio deviam ser punidos com penas especialmente pesadas. Mas proibir os véus parece-me exagerado. Começa-me logo a apetecer usar um véu... :o)

Ricardo Alves disse...

Na escola pública, não me repugna que seja proibido. Até porque esta pressão («mulher sem véu=prostituta») tem que ficar à porta da escola.

carla disse...

Desconheço os efeitos reais desta proibição. Será que em vez de ir para a escola sem véu, estas crianças deixam é de ir à escola?

Não conheço nenhuma rapariga muçulmana que tenha este dilema. Mas conheço um caso crenças-proibiçao-escola, que não tendo nada a ver com religião, tem a ver com uma forma de fanatismo: um casal de naturistas espanhois que não "acreditam" nas vacinas, e decidiram não vacinar os filhos. Como a vacinação é obrigatória, e na escola pública é obrigatório ter as vacinação em dia, este casal resolveu o problema criando uma "escola" para os filhos e mais uns quantos. Contornou o problema.

Não esquecer que se tratam de menores, são os pais que tomam este tipo de decisões.

Será que esta proibiçao do uso de véu islâmico poderá ter consequências idênticas? Em vez de integrar, segregar?

Filipe Castro disse...

Os franceses fizeram uma avaliação da lei um ano depois e TODA a gente se sentia melhor, menos divididos e menos paranóicos. E para muitas raparigas, foi a primeira vez que tiveram uma oportunidade de ser livres, sem o peso da "modéstia" em cima dos ombros.

Ricardo Alves disse...

Carla,
o que se verificou foi que a maioria das alunas deixaram de usar o véu (pelo menos na escola). Algumas dezenas foram terminar os estudos em casa, ou foram para o estrangeiro. O balanço foi positivo:

http://esquerda-republicana.blogspot.com/2005/06/balano-positivo-da-lei-francesa-sobre.html