quarta-feira, 2 de abril de 2008

Perdão?

«Jaime Gama (PS) disse, na sexta-feira passada, que o líder do governo regional da Madeira é "um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo", adiantando que a região é "a expressão de um vasto e notável progresso no País".»

Se Jaime Gama disse isso ontem, acho que levou a simpática tradição do dia 1 de Abril longe de mais. Se não foi o caso, não tem desculpa.

É bom que Edite Estrela e Ana Gomes já se tenham demarcado veementemente destas anedóticas declarações, chamando-lhes isso mesmo. Haja alguma decência, apesar de tudo.

5 comentários :

Anónimo disse...

E o amigo jorge coelho?na comissão executiva e na administração da Mota Engil.Estão-nos a fazer passar por lorpas em nome da democracia,mas não é!!!!

Anónimo disse...

Deve ter recebido algum suborno.

Anónimo disse...

A Madeira com maior densidade de 'politicos' corruptos e o gama(do verbo gamar,deve ser!)a enaltecer a plutocracia do quintal.Não há vergonha com esta corruptela sucialista,na verdade.

Anónimo disse...

parece-me é que o Jaime Gama disse isso na sua habitual atitude diplomática para lisongear a Madeira, e por alguma razão não previu as consequências de uma afirmação branqueadora como fora essa.
Como já disse Jorge Coelho na Quadratura a propóisito da defesa de Jaime Gama da participação de Portugal nas reuniões políticas que prepararam a invasão do Iraque: "problema dele!"

Pessoalmente, fico triste por ver escorregar para a lama uma figura que representa o parlamento, que tem má imágem, mas que para todos os efeitos é o cerne do equilíbrio a favor da democracia nos orgãos de soberania.

Por outro lado, fico muito contente ao ver que é bastante unanime, entre a opinião pública portuguesa fora da Madeira, que efectivamente não existe democracia na Madeira!
De outro modo passariam sem animosidade as afirmações que ora se discutem.

Para não deixar de apresentar alguns argumentos:
1.O povo madeirense mostra-se alienado politicamente. Ignorante e pobre, é presa fácil nas mãos do cacique do Governo cujas raízes se profusam à 30 anos.
2.[Censura]Os orgãos de imprensa são dominados pelo PSD Madeira e pelo Presidente-populista, Alberto João Jardim(AJJ). Que veio ele próprio da direcção de um deles. Existem poucos jornais, todos favoráveis ao satus quo. Bem como, a RTP Madeira e as rádios.
3.Nestas condições, não existe igualdade na concorrência às eleições, na difusão das ideias e programas eleitorais dos outros partidos. Assemelhando-se a "democracia" madeirense às dos países africanos que desde 1987, por motivos de relações internacionais, têm que aparentar alguma democraticidade.
4.Logo depois do 25 de Abril, o Alberto João ganha as eleições, não havendo portanto tempo para o povo receber qualquer educação política.
5.Dizer que o AJJ se manteve no poder porque é o melhor madeirense a querer ocupar o cargo de Presidente do Gov. Reg. é dizer que durante 30 anos não viveu um madeirense que melhor que AJJ pudesse e quizesse desempenhar essas funções.
6.Se a corrupção toca a todos, desde as empresas ao alto e baixo funcionalismo público, os juizes na madeira não são exepção: não têm indenpendência.
7.Os interesses económicos instalados e os amigos de AJJ, juntamente com os membros do PSD monopolizam o emprego, a progressão na carreira e portanto a sobrevivência das pessoas na Madeira. São gritantes os casos de pessoas afastadas, despedidas, vaiadas, etc... por motivos políticos. (lembre-se o caso do actor...) Militar num outro partido é um luxo que só a certas pessoas é permitido.
Aqui, como em muitos outros aspectos, o regime que vigora realmente na Madeira é bem mais semelhante ao clima do fim do Estado Novo que ao que se vive no resto do país. Vigora a máxima "conosco, ou contra nós".
Na lista interminável dos corruptos, consta o caso de um conhecido vendedor de sanitas que é hoje um dos homens mais ricos da Ilha e curiosamente um dos Vices do AJJ.

(...)

A par da questão da ausencia de democracia,
A Madeira continua com grande pobreza e atavismo sob uma política de esbanjamento dos fundos nacionais, de obras públicas (muitas de grande valia, outras de escabroso roubo ao contribuínte ou de simples imbecilidade populista como seja o desperdício de milhões para fazer uma praia de areia que a natureza já se encarregou de levar), turismo e paraíso fiscal, defendendo os interesses instalados e dos apoiantes do líder incontestado.
O AJJ não esconde o seu desprezo pelo continente. Menosprezando e achincalhando personalidades, e lançando constantes atuardas em todas as direcções. Herda também de Salazar o discurso do medo dos comunistas e esquerdistas. Quando lhe convém lá modera o tom: é patético e infantil.
o PSD nacional, que obviamente beneficia com um eterno bastião na Madeira, apoia o AJJ, mas partilha do seu descrédito e sofre com a sua influência interna.
A extrema-direita, naturalmente, aprecia muitissimo o AJJ, no seu tom de ditador-populista, nos seus gracejos racistas, xenófobos, machistas ou simplesmente ordinários.


Perante isto, quê?
Há quem defenda com argumentos muito válidos que a libertação dos povos deve vir de dentro, se bem que a isso se opõe a natureza viciosa do sistema que conduz a uma sociedade servil, bem como o sacrifício das vidas das pessoas do presente.
Porém, esse não é o dilema que enfrentamos: a Madeira quer queiramos quer não faz parte de Portugal de tal forma que seria preciso fazer uma nova constuituição para legalizar a sua separação.
O que se impõe é a acruação das instituições nacionais na democratização da Madeira, como seja a garantia da independencia de alguns orgãos da comunicação social, na defesa da legalidade a todos os níveis e em particular a defesa das liberdades individuais, o combate à corrupção e a implementaçãod e uma justiça credível, e para tanto, independente.
É imperioso que sejam as instituições nacionais da república a intervir, sendo que, cairá sobre elas, se não a culpa do estado da Madeira, pelo menos, a bem pesada culpa de nada fazer!

AL

Anónimo disse...

Esclarecimento (legal):

onde se lê:

"Na lista interminável dos corruptos, consta o caso de um conhecido vendedor de sanitas que é hoje um dos homens mais ricos da Ilha e curiosamente um dos Vices do AJJ."

Não se baseia, como é evidente, o autor da frase, em quaisquer factos que comprovem que essa pessoa ou outras sejam corruptas. A expressão "lista interminável dos corruptos" é a mera manifestação da convicção aprioristica do opinante, que efectivamente não SABE de nada, mas que, ainda assim, faz essa análise com base nas aparências. Com o valor positivo de, por exemplo, a exposição de uma crença pessoal.