A alfabetização e a urbanização são componentes inevitáveis da modernidade, mesmo para ditaduras religiosas que não apreciam os efeitos secundários desses processos. As indicações de que os xiítas do Líbano passaram de sete para dois filhos por mulher, no espaço de trinta anos, é um sinal de que se passa algo na privacidade das casas muçulmanas de que raramente se fala na Europa: informação e contracepção, presumivelmente sem consulta aos mulás. O que também ajuda a relativizar o «alarme demográfico» que a extrema-direita faz soar com frequência na Europa.
[Publicado originalmente no Diário Ateísta.]
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