quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Professores II

Até agora tem sido difícil pronunciar-me sobre este assunto.

Por um lado, considerava que os professores tinham razão em várias das críticas concretas que faziam a esta reforma. Por outro lado, defendo o principio da avaliação, e considerava que não estava nenhuma proposta alternativa séria em cima da mesa.

Esta objecção parece não ter mais razão de ser. Pelo que tenho lido e visto na comunicação social, a mais recente proposta da plataforma sindical dos professores é séria. Pretende-se avaliar a assiduidade, o cumprimento do programa lectivo, e a competência científico-pedagógica. Por outro lado, rejeitam as quotas.

Agora os detalhes serão tudo. Uma avaliação sem quotas não tem nada de errado, se for suficientemente restritiva para que nem todos (nem muitos) consigam a nota máxima, o que levaria à ausência de qualquer tipo de esforço para cumprir os requisitos. Como será avaliada a competência científico-pedagógica? Como será aferido o cumprimento do programa?

Mas aquilo que sei até agora parece promissor. No geral, parece existir mais bom senso nesta proposta alternativa do que na proposta original do ministério. Agora é esperar que exista compromisso de parte a parte, e esperar que não ocorra uma persistência cega (chamada "teimosia") em manter o modelo antigo durante este ano, mesmo caso se tenha encontrado um modelo melhor. As declarações que já aconteceram nesse sentido são preocupantes.
Isso seria um conflito inútil, apenas explicado por eleitoralismo barato. Se isso acontecer, o ministério irá perder qualquer razão que possa ter tido neste processo.

Se a ministra souber alcançar um bom compromisso, aceitando aquilo que de bom esta nova proposta dos sindicatos possa ter, a sua persistência terá sido compensada, e todos ficarão a ganhar.

5 comentários :

Zeca Portuga disse...

Não que esta questão me tire o sono, mas a verdade é só um nescio ou fundamentalista da ingenuidade adquirida por clubismo politico, pode acreditar na ministra e no governo.

Estes fulanos mentiram uma vez, mentem sempre. Dito de uma forma mais simplistas: Não são gente séria, não t~em honestidade suficiente apra alguém acreditar nas suas promessas.

Vejo agora que que os sindicados de Professores se queixam que as medidas anunciadas aidna não foram ratificadas pelo governo... Mas será possível que eles ainda acreditam nos politicos? Será que eles não sabem que não há réstia de dignidade nesta gente?

Toda a gente sabe que as politicas de socrates se aproximam das de Hitler. Não t~em em comum apenas o nome Socialista, tem também a ideologia anti-social, a cultura do ódio ao povo e algumas "classes" em particular, a falsa moralidade com que se engana o povo néscio, o ateismos compulsivo disfarsado de tolerãncia, a maldade como prática, a vontde de destruir o país e suas instituiç~eos, o objectivo de satisfazer as taras do chefe que gosta de se esvair em "orgasmicas" alegrias se vir sofrimento na cara de alguém.

Que credibilidade tem um governo que integra ministro como Lino (o cumulo da incongruência, da falta de vergonha, e da incompetencia)?

Anónimo disse...

Vasco, essa questão também me deixa indeciso.
Estão dois lados acerrimos na defesa do que consideram certo, um quer ver a avaliação suspensa e não parece preocupar-se com o que virá depois, o outro quer ver a avaliação a actuar e muito pouco altera na avaliação.
As negociações falharam, as manifestações continuam, toda a oposição se virou contra o governo e não vejo propostas alternativas.
Será apenas oportunismo da oposição e arrogrância dos profesores habituados a ser intocáveis e super-poderosos como no tempo do fascismo?
Ou de facto a avaliação é mesmo exessivamente burocrática e deverá ser suspensa para dar tempo para que se pense numa nova proposta eficaz e sem tanta burocracia?

João Vasco disse...

space_aye:

O ponto novo nesta discussão é precisamente que deixou de ser verdade que não se vejam propostas alternativas.

Finalmente aparece uma alternativa minimanete séria em cima da mesa. Não sei se concordo com ela, pois não conheço os detalhes, mas os princípios gerais parecem promissores. Mais que os princípios gerais da avaliação proposta pela ministra.

Vamos ver se isto vai a algum lado.

Anónimo disse...

De onde vem essa proposta?

João Vasco disse...

Aquilo que sei, vi numa notícia televisiva mais detalhada, e parte dessa informação encontrei-a de novo aqui:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1350941